Aproximadamente trinta cidadãos compraram imóveis no entorno da Praça Roque Graciliano dos Santos, no Centro - Silop. Área tranqüila, sossegada, sem grandes agitações e barulhos. Não existia atrativo para concentrações e/ou mercado para produtos ilegais e menos recomendáveis para a juventude. Na praça foi instalado um campinho de futebol que tirou a tranqüilidade dos moradores. Estes tiveram e têm que suportar a quebra de telhas, vidros, bolas sobre seus telhados e os palavrões e falta de educação dos usuários. As reclamações nunca foram ouvidas. A administração 1997-2000 construiu uma mureta e instalou redes atrás das tabelas de gol. Entre outras finalidades, a mureta, serve para esconderijo de ações menos nobres e necessidades fisiológicas, já que a praça não possui serviços. Até 2005 o campinho era usado, unicamente, durante o período diurno. Nesse período, aos dias letivos, tinha e têm atualmente, atividades organizadas pela Secretaria de Esportes e Lazer, entre as 08h00 às 11h00 e as 14h00 às 17h00. Estas atividades, por serem organizadas e supervisionadas, contam com o apoio e a colaboração da comunidade. A maior parte do tempo, o campinho, fica ao deus-dará e, seus ocupantes, por estarem sem controles, supervisão ou responsável pela organização, apresentam comportamentos agressivos, insolentes, desrespeitosos e, às vezes, suspeitos. Na mureta da rua Amapá, frente ao n° 62, o Sr. Eduardo de Souza César mandou instalar um padrão de água. Agora aproveitado pelos moradores de rua para tomar banho e lavar suas roupas. O desperdício de água é constante. Não satisfeito, mandou iluminar o campinho com potentes holofotes que, tenha jogadores ou não, acendem às 18h00 e, (se ninguém alterar o automático) desligam às 23h00. Isso tenha esportistas ou não, esteja o tempo seco ou chuvoso. Escrevo estas linhas às 22h30 do dia 19-05-07 (sábado), chuva intensa cai sobre o campinho, está todo tomado por poças de água, não tem ninguém e visualizo, desde a sacada de casa, o desperdício dos impostos que paguei no início do ano. Ontem, (18-05-07) repetiram-se as mesmas condições, estado do tempo e desperdício. O tempo estando bom é imprevisível o que vai acontecer. Grupos de adolescentes e adultos aglomeram-se em volta do campinho e os insultos, gritos, palavrões não permitem que os vizinhos ouçam a televisão, durmam ou tenham o silêncio a que tem direito, no recesso de seus lares. Ninguém é respeitado. O linguajar chulo perturba os ouvidos mais moucos. Vizinhos, tem reclamado seus direitos. Ninguém os atende. Não são tomadas providências. Um vizinho comentava: “Construí minha casa frente a uma praça. Não é mais praça. É campinho de futebol. A casa desvalorizou-se por causa do campinho e ninguém quer comprar ou alugar. Pagará o Prefeito meu prejuízo?” Transformar praças em campinhos de futebol ou quadras esportivas é desviá-las de suas funções e finalidade e prejudicar todos os moradores de seu entorno. Iluminar esses campinhos e quadras esportivas e deixá-los ao deus-dará é um desperdício de energia, que estamos convidados a economizar, um custo sem benefício e criar condições para toda série de desmandos. Podem ser escolas do crime. Deixar os holofotes ligados a serviço de turmas desorganizadas, sem controles, sem vigilância, é um desrespeito, violenta ofensa, agravo a todos que pagamos impostos. Permitir que essas hordas indisciplinadas e sem controle permaneçam, noite adentro, perturbando vizinhos, desqualifica as autoridades que o permitem. Será pedir demais, ao Sr. Prefeito Municipal, que mande desligar os holofotes às 22h00 e solicite da Polícia Militar a dispersão desses grupos a partir desse horário? Os cidadãos trabalhadores precisam descansar. Nota do Editor: Corsino Aliste Mezquita, ex-secretário de Educação de Ubatuba.
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