O vencedor desse pleito foi o candidato do governo, Dr. José Nélio de Carvalho, que teve um mandato de seis anos, dos quais governou quatro, pediu afastamento e assumiu o vice, Sr. Benedito Rodrigues Pereira Filho, até janeiro de 1982. É notório também na cidade, que a migração desordenada, que na verdade foi invasão, teve início no primeiro mandato do governo Dr. José Nélio de Carvalho, que foi prefeito por duas vazes, e por isso, chamou-se (a era Nélio).

Na minha opinião, o que aconteceu em Ubatuba não foi invasão, nem migração desordenada, foi um assentamento desordenado desse pessoal, patrocinado por alguns políticos e outros, com anuência dos órgãos ambientais, Ong’s, e de todos que se dizem amarem Ubatuba. Porque se calaram e assistiram de camarote a esse tsunami humano sobre nossa cidade?

Esses órgãos, que foram criados exatamente para não permitir que isso acontecesse, não o fizeram, mas não mediram esforços para proibir os verdadeiros donos da terra, de praticarem as atividades tradicionais de sobrevivência dos caiçaras - plantação de milho, feijão, mandioca, banana, pesca artesanal, artesanato etc.

Depois de implantada esta ditadura ambiental, veio à desvalorização de suas propriedades, sendo obrigados a venderem suas terras por um valor ínfimo, daí, partiram para se aventurar no centro urbano, montando pequenos negócios.

Sendo a maioria de baixa escolaridade, mão-de-obra incompatível com a exigida pela nova atividade, praticamente todos faliram, sendo obrigados a se sujeitarem ao subemprego. Hoje são considerados intrusos, dentro do seu próprio quintal, e os que prosperaram, ajudam a pagar essa conta social que não é nossa. É DOS POLÍTICOS. A pobreza significa o aumento garantido de emprego para essas entidades de “proteção” ambiental.

Veja o caso recente na Secretaria do Meio Ambiente Municipal de Ubatuba, até estrangeiro que vivia clandestino no país foi contratado. Os estrangeiros que tem licença para trabalharem na nojenta Feira Hippie, já receberam cidadania brasileira? Comenta-se na cidade, que na Aldeia Bela Vista, além dos índios Guaranis do Brasil, é habitada também por índios miscigenados, Bolivianos, Peruanos, Colombianos, e Guaranis do Paraguai.

Isso é verdade? Se for, isso é legal? Assim não há cidade que agüente! No meu entender, índio aqui é passado, só na fundação da cidade. Esses índios não são nossos, foram trazidos para cá. Enquanto isso... Os caiçaras foram marginalizados. A devastação da nossa floresta começa por quem deveria preservar, o índio, que está destruído nossos palmiteiros (jiçara).

Veja que a Fundação SOS Mata Atlântica escolheu o óbvio. Meses atrás, assisti o final de uma entrevista exibida na TV Cultura, sendo o entrevistado, o Sr. Mário Mantovani - Diretor da Fundação SOS Mata Atlântica -, sobre o sucesso de uma reserva ambiental no litoral sul paulista. Nas considerações finais, o repórter perguntou-lhe:

- Como o senhor conseguiu, esta preservação e conservação ambiental harmoniosa entre os pescadores artesanais, caiçaras e turistas?

- É que, nesta reserva nós temos um condomínio de alto luxo, que banca as despesas com a fiscalização.

Paraty e Angra dos Reis, também já têm. E Ubatuba? E não podemos nos esquecer, que a pobreza é a inimiga nº 1 da natureza.

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