Hoje a prefeitura distribui centenas de cestas-básicas para essas pessoas carentes, triplicando os gastos com a saúde, educação e assistência social, despesas estas, que deveriam ser rateadas entre os políticos, sendo eles os responsáveis direta ou indiretamente, pela transformação de Ubatuba em um imenso ninho de tico-tico. Para quem não sabe: o chupim põe os seus ovos no ninho do tico-tico, que inadvertidamente lhe cria os filhotes. Ubatuba está pior que isso! Disse-me outro dia um desses migrantes: - Se eu voltar para Ladainha, vou ter que ralar na roça de sol a sol, a troco de umas merrecas, aqui pelo menos, eu consigo viver sem trabalhar, porque tem sempre um político oferecendo alguma coisa. Não há mais perspectivas de melhora, tudo o que cidade arrecada vai para o social, é um saco sem fundo, porém, é voto garantido. Eu não me considero mais morador de Ubatuba (SP), mas sim, de “Ubaminas do Norte”. Não vejo horizontes a olho nu, depois daquele fato recente em que o vereador mandou uma viatura oficial, buscar um doente em uma cidade de Minas Gerais, há mil quilômetros, para ser tratado aqui. Dessa vez foi voto perdido, o doente morreu. Toda esta dinheirama que os políticos gastam para cumprir promessas de campanha daria para asfaltar todas as ruas da cidade. Os buracos estão engolindo o asfalto, o direito de ir e vir é garantido pela Constituição, mas não o de ficar. O direito de ir e vir, hoje, termina no pedágio! Clique aqui para acessar a listagem dos textos (já publicados) da série Construindo o passado II.
Nota do Editor: Francisco Velloso Neto, é nativo de Ubatuba. E, seus ancestrais datam desde a fundação da cidade. Publicado no Almanak da Provícia de São Paulo para o ano de 1873. Envie e-mail para thecaliforniakid61@hotmail.com.
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