Este pleito foi vencido pelo candidato Profº Pedro Paulo Teixeira Pinto, prefeito eleito para governar o quatriênio 1983-1986, mas, sendo beneficiado por um mandato tampão, governou, igualmente o seu antecessor, por 6 anos, se estendendo até 1988, do qual já falei em matéria anterior.

O Parque Estadual da Serra do Mar, criado em 1977 e o Núcleo Picinguaba (em 1979), com a função de promoverem a preservação da mata, estimular a integração dos diferentes segmentos da população: caiçaras os donos da terra, pescadores, pesquisadores, turistas, e a sua riqueza em flora, fauna e culturas tradicionais, se tornaram locais a serem preservados, cuidados e admirados. Coisa que não aconteceu. É bom sempre lembrar, para quem tem a memória curta que, esses mesmos ambientalistas, incumbidos de proteger a flora e a fauna, promoveram uma churrascada, com carne de animais silvestres (paca) (denúncia publicada naquela época pelo jornal A Folha de São Paulo).

Foi nesse governo também que foram implantados os quiosques, esta praga daninha que gerou a poluição em todos os sentidos, principalmente o visual. E como se não bastasse, ainda destruiu esta maravilhosa vegetação que compõem a faixa do jundu, que deveria ser intocável, protegida por lei e rigorosamente fiscalizada.

O Parque foi tombado em 1985, ocupando o absurdo de 80% da área do município. (A cidade ficou calada.) Em 15 de março de 1983 foi eleito o senador André Franco Montoro, governador de São Paulo (15º) para o quatriênio 1983-1987. Neste governo, o prefeito de Ubatuba pertencendo ao mesmo partido (PMDB), escancarou as portas e janelas para sacramentar a implantação do Parque. Primeiro construiu a sede da Polícia Florestal (hoje Ambiental) em cima de uma praça pública, na zona central da cidade, quando deveria ter construído dentro da área do parque, na Picinguaba.

As propriedades particulares, quando estavam sob o domínio de seus proprietários, se encontravam preservadas e geravam empregos que, dependendo do tamanho da área, empregavam até duas famílias ou mais.

O acesso era livre para o público nas praias, rios e cachoeiras. Podia-se pescar, nadar etc. apesar das placas de “Entrada Proibida”. E, a partir do momento em que o governo impôs tutela sobre as propriedades dos empresários, deu-se início a corrida migratória que na grande maioria eram invasores.

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