Hoje, para se tentar salvar Ubatuba, o prefeito tem que combater pela raiz, as anomalias sociais mediante reformas absolutas. Não basta o prefeito só ser inteligente, precisa ter coragem e força moral, esquecer apenas por um minuto a política e o desejo de se reeleger, e pensar na cidade. Para isso, deveria dar a gerência do gabinete a profissionais altamente qualificados em administração pública, e vir se fazer presente nas ruas fiscalizando obras in loco, mostrando para os contribuintes que realmente se preocupa com a cidade, escutar o povo nas ruas, fazer visitas surpresas nas seções ao invés de se esconder no gabinete, evitando comentários que o prefeito não sabe o que se passa dentro da própria prefeitura. Este é o perfil do prefeito que Ubatuba precisa para (ontem), porque quem abusa da vitória, corre o risco de não se reeleger. Os fatos de hoje, ratificam os meus relatos. O projeto do arquiteto Dr. Renato Nunes, publicado no jornal "A Cidade", infelizmente, foi prejudicado quanto à nitidez, devido a problemas de impressão e do próprio papel. Eu acho que o jornal deveria reeditá-lo, bem como os demais semanários, em caderno especial e a cores. Apresentar também um perfil transversal do projeto, afinal é um projeto de relevância, que está sendo submetido à apreciação da população. Pelo pouco que eu vi, a faixa da praia sofrerá uma transformação radical com exclusão dos quiosques (até que em fim, parabéns)! Vamos acabar com essa nojeira em nossas praias. Mas, uma pergunta fica a bailar: Este projeto vai atingir a sua finalidade primordial, que é o descongestionamento definitivo do trânsito naquele local? Fala-se muito, mas nada se faz! A Fundart (Fundação de Arte e Cultura de Ubatuba), rádio Costa Azul e os semanários da cidade, não se cansam em publicar matérias sobre a preservação da cultura e identidade do povo caiçara e turismo cultural. Esta retórica é excessivamente usada pelos nossos políticos quando estão em campanha, principalmente quando se trata de reeleição. Já os recém-chegados a cidade, usam na tentativa para saírem do anonimato, do que realmente preocupados com os reais problemas culturais. Fica aí a idéia para o arquiteto Renato Nunes e para outros: Incluir no seu projeto da praia Grande, a reserva de um espaço, para resgatar a vegetação primitiva da faixa de jundu ali existente, que era formada por caraguatás, e entremeada de outras vegetações, destacando-se os abricoteiros, araçazeiros, pitangueiras e araçaranas, que de tão espessa que era esta faixa, se tornava em alguns trechos intransponíveis. E, que seja incluído também neste espaço, um marco para homenagear o primeiro morador da praia Grande - ANTONIO DOMINGUES VELLOSO, para que se perpetue sua memória na história de fundação de Ubatuba. A cidade que não preserva o seu passado, não tem futuro. Clique aqui para acessar a listagem dos textos (já publicados) da série Construindo o passado II.
Nota do Editor: Francisco Velloso Neto, é nativo de Ubatuba. E, seus ancestrais datam desde a fundação da cidade. Publicado no Almanak da Provícia de São Paulo para o ano de 1873. Envie e-mail para thecaliforniakid61@hotmail.com.
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