Palavra torta Morta Pela alma pequena Que finge ser serena E em sua mediocridade de dar pena Que contamina As pequenas almas Sedentas pelas alturas Com a sua frugal baixeza... Como disse, É de dar pena Ver pequenos infantes, A fazer-se errantes, Pelas vis mãos De doutos ignorantes Mestres na arte de fingir Serem amantes Daquela que se faz revelar Pela palavra viva Que está cada dia mais morta Pelas almas pequenas Imundas Que não querem elevar-se E, para sentirem-se agigantadas Projetam sua inferioridade Em tudo que ouse ofuscar O opaco brilho De sua estupidez... De sua insanidade... De sua medíocre e vaga Realidade.
Nota do Editor: Dartagnan da Silva Zanela é professor e ensaísta. Autor dos livros: Sofia Perennis, O Ponto Arquimédico, A Boa Luta, In Foro Conscientiae e Nas Mãos de Cronos - ensaios sociológicos; mantém o site Falsum committit, qui verum tacet.
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