As pessoas que possuem armas têm até segunda-feira (2) para recadastrá-las. Segundo o delegado Fernando Segóvia, da Coordenação Geral de Defesa Institucional da Polícia Federal, até agora apenas 13% das armas registradas foram recadastradas, o equivalente a 500 mil do total de 3,8 milhões de armas no país.

"As pessoas estão reclamando porque está muito difícil fazer o recadastramento. Primeiro porque têm pouco tempo e depois, porque é caro", disse. O preço mínimo por cada arma é de R$ 600, mas pode chegar a R$ 1 mil, dependendo do calibre. O delegado informou ainda que o governo estuda a possibilidade de prorrogar o prazo.

Para o presidente do Movimento Viva Brasil, Bene Barbosa, o recadastramento é "dispensável" e traz mais problemas para a segurança pública. "Da forma que esse procedimento está sendo feito, o governo vai perder o controle das armas legalizadas. O prazo praticamente já acabou, mas a quantidade de armas é enorme. O que falta é uma campanha nacional, conscientizando a população", alertou.

O delegado Segóvia, no entanto, destacou a importância da renovação do registro, porque dessa forma a Polícia Federal pode saber como as armas chegam às mãos dos criminosos. "Se a arma for registrada, nós podemos rastreá-la, além de saber quem era o dono. Se não for, sabemos que ela foi contrabandeada, e podemos aumentar a fiscalização nas fronteiras", explicou.

O recadastramento pode ser feito pelo endereço eletrônico da Polícia Federal (www.dpf.gov.br), ou nas delegacias da instituição. Quem não renovar o registro comete o crime de posse (se a arma for pega em casa) ou porte (se a arma for pega com a pessoa na rua) ilegal de armas. A pena para posse é de um a três anos de reclusão e para porte, varia de dois a quatro anos.