Se apenas enumerarmos as atividades básicas de um padeiro, diríamos que as funções desse profissional limitam-se à fabricação de pães, doces, bolos e uma infinidade de guloseimas que todos nós gostamos. Mas a profissão de padeiro tem um significado maior. O pão já faz parte da alimentação humana há milhares de anos a.C., quando ainda era feito com o fruto do carvalho triturado, sendo depois lavado com água fervente para tirar o amargor e secado ao sol. O pão tornou-se o símbolo da vida, alimento do corpo e da alma e até hoje simboliza a fé na missa católica, pois a hóstia sagrada representa o corpo de Cristo. A data escolhida para homenagear os panificadores foi o dia de Santa Isabel, 8 de julho. Quando a moça era rainha de Portugal, costumava distribuir, contra a vontade do rei, pães para os pobres. Certo dia foi pega em flagrante e negou veemente o ato, dizendo que carregava flores no saiote. O monarca quis ver para crer e na hora que Isabel soltou o vestido, caíram dele dezenas de pétalas. A data foi instituída em 1955 durante o II Congresso Nacional de Panificação. O Brasil conheceu o pão apenas no século XIX, conforme escreveu o sociólogo e antropólogo Gilberto Freyre. Antes disso, o beiju de tapioca era consumido no lugar do pão. A atividade panificadora no Brasil se expandiu principalmente com os imigrantes italianos. Nas grandes cidades proliferaram as padarias típicas.
|