Louvo-te Morte! Busco incessantemente Tua face. Pranteio e tateio Em busca da quentura dos teus beijos. Anseio pela placidez de teu leito. Debruço-me nas sacadas à tua passagem. Invoco tua lembrança E chamo pelo teu nome. Não é um doce nome, Mas é definitivo E em meus lábios acalenta a dor. Deixa-me largar em teus braços, Cobre-me com teu manto E me fecha os olhos Afagando-me em teus seios. Sinto teu cheiro. É o odor da morte Um jardim de rosas esquecidas. E esquecido a partir de então Eu serei. Nota do Editor: Adriano Martins é jornalista.
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