Para cidadãos leitores, amantes da Santa Casa e preocupados com o futuro dela, frente à invocação de agruras do passado e transferência de responsabilidades para terceiros, publicadas, na Imprensa Livre, de São Sebastião, de autoria do Sr. Eduardo de Souza César, tentando justificar seus erros, no presente, o artigo: “Gostaríamos saber - Novas reflexões sobre a situação atual da Santa Casa de Ubatuba”, aceita complementação. Eles próprios forneceram os dados. Informaram que o Sr. Prefeito não ouve e não se sensibiliza com os casos horripilantes contados pelos usuários da Santa Casa. Não acredita que faltem materiais necessários, médicos especialistas, pessoas qualificadas para administrar o hospital, e que, os que lá trabalham, estejam penando por não poder aliviar os sofrimentos dos doentes. Só escuta as lisonjas de seus áulicos. Lamentam também que não preste atenção à voz das ruas, de alguns escribas e assessores, não reflita sobre a passada epidemia da dengue que continua latente e não se informe do que, realmente, se passou, na Santa Casa, durante o período todo de intervenção, o destino que levaram os recursos a ela destinados e a qualidade dos serviços prestados por seus prepostos, no hospital. Dando-se ao trabalho de examinar o histórico da intervenção, na Santa Casa, dos retrocessos e endividamento progressivo, encontrará um fato revelador. Interessante. Num único dia, (21-06-06), a Prefeitura, conseqüentemente o titular do cargo de prefeito, conveniou, com a Santa Casa, o repasse de R$ 6.504.000,00 (seis milhões e quinhentos e quatro mil reais), assim distribuídos: - Processo SA/2.950/02. Termo aditivo. Prazo 12 (doze) meses. Valor R$ 2.720.000,00. Convênio. - Termo Aditivo. Prazo 06 (seis) meses. Valor R$ 420.000,00 Santa casa. Convênio UNIR. - Santa Casa. Processo SA/2.052. Repasse de verba. Valor R$ 80.000,00. - Processo SA/10.329/98. Termo aditivo. Prazo 06 (seis) meses. Valor R$ 2.184.000,00. Santa Casa. Programa Saúde da Família – PSF. - Processo SA/059/05. Santa Casa. Gestão Plena. Termo aditivo. Valor R$ 100.000,00. Outros convênios e contratos existiram que não estão aqui relacionados. O rol acima é apenas uma amostragem já documentada. Não cabe a este escriba emitir juízos de valor. Entretanto, todos os cidadãos conscientes, amantes da Santa Casa, preocupados com seu destino e horrorizados com as notícias que circulam na cidade de Ubatuba, “gostaria de saber”, do Sr. Prefeito e dos interventores da instituição, como foi possível faltarem recursos, em dezembro de 2006, para pagar o salário de dezembro e o 13° salário dos funcionários do Programa Saúde da Família, da UNIR, e da Santa Casa? Onde foram parar esses recursos? Quem os administrou ou, supostamente, os lapidou? Outro questionamento latente é a dívida de mais de vinte milhões de reais. Fontes falam em vinte e um milhões. Na época da intervenção (primeiros dias de novembro de 2005), segundo publicações, a dívida era de oito milhões de reais. Em vinte meses passou, de oito, para vinte e um, ou treze milhões no período. A Santa Casa funcionou, nesse prazo de tempo, precariamente. Como justificar a dívida? A intervenção, segundo a farta publicidade oficial, visava o “resgate” da honestidade, da transparência e da administração de qualidade. Foi resgatado o “nunca antes” do caos, dos desvios, das ocultações, do empreguismo de amigos, da ineficiência, das demissões injustificadas de funcionários, médicos e enfermeiros. Os Senhores Vereadores não se preocupam com as conseqüências desse rombo? Não vão tomar providências? O Sr. Eduardo de Souza César atribui seu fracasso, na intervenção da Santa Casa, a forças ocultas de políticos de oposição. Tão ocultas que ninguém conhece. Onde se encontram esses poderosos opositores e quais são suas palavras e ações? Ninguém viu, ninguém ouviu! Não existem. São elucubrações do burgomestre que só, Sigmund Freud, pode explicar. O Sr. Alcaide, sempre que atropelado ou acuado por seus erros e os de seus assessores, inventa calúnias ao passado, falácias, delírios e teorias conspiratórias de meia dúzia. Esquece que não se reconstrói a Santa Casa com essas lendas e fugindo da realidade. Quando falam os fatos, os acontecimentos, o que é verdadeiro e real só há uma solução. Mudar essa realidade e os incompetentes que a criaram. É o que todos esperam que faça, na Santa Casa. Cidadãos conscientes exigem, dos Senhores Vereadores, investigar o rombo e processar os responsáveis. Nota do Editor: Corsino Aliste Mezquita, ex-secretário de Educação de Ubatuba.
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