Madre Teresa de Calcutá lutou em busca de uma sociedade filantrópica
Considerada a missionária do século 20, Agnes Gonxha Bojaxhiu nasceu em 27 de agosto de 1910 na Scópia, atual capital da República de Macedônia. Conhecida mundialmente como Madre Teresa de Calcutá, essa líder social incentiva ainda hoje - 10 anos após sua morte - muitas organizações filantrópicas. O Prêmio Nobel da Paz, recebido por Madre Teresa em 1979, mostra que a vida de esforços gerou reconhecimento e conclusões positivas. No entanto, a batalha contra as injustiças sociais foi longa e começou cedo. O pai de Agnes, respeitado homem de negócios, morreu quando ela tinha oito anos. Dessa forma, a família, muito religiosa, predestinou o futuro da filha. A data de sua transformação religiosa é um pouco controvérsia. "Não tinha completado ainda 12 anos, quando senti o desejo de ser missionária", contou mais tarde Madre Teresa. Alguns historiadores acreditam que ela fez os votos de congregação por volta de 1930, quando partiu para a Índia, na cidade de Darjeeling. Foi nessa época que adotou o nome de Teresa para acompanhá-la na caminhada caridosa. A origem da escolha desse nome está ligada à monja francesa Teresa de Lisieux, padroeira das missionárias, canonizada em 1927 e conhecida como Santa Teresinha. O caminho da filantropia - De Darjeeling, Madre Teresa se transferiu para Calcutá, onde atuou, durante as décadas de 1930 e 1940, como professora de geografia. Inconformada com a precária situação social da índia deixou de lado a docência e dedicou-se inteiramente à população de Calcutá. Por volta de 1937, Madre Teresa fez um curso rápido de enfermagem. Esse foi um dos pilares fundamentais para sua atuação solidária no mundo. Em 1946, iniciou uma nova congregação de caridade, cujo objetivo era ensinar crianças a ler. Assim, nasceu a Ordem das Missionárias da Caridade. Foi nessa época que Madre Teresa escolheu o azul e o branco como cores fundamentais nas vestimentas. "Branco, por significar pureza e azul, por ser a cor da Virgem Maria", justificou ela. A Ordem das Missionárias reuniu crianças interessadas em aprender a ler e a tratar a higiene. As principais tarefas eram angariar donativos e difundir a palavra de Deus. Por volta de 1950, já nacionalizada indiana, Madre Teresa começa a auxiliar os doentes de lepra. Após 15 anos, o Papa Paulo VI autorizou a criação de Centros de Apoio a leprosos, velhos, cegos e aidéticos em diversas cidades do mundo, incluindo escolas, orfanatos etc. Os reconhecimentos - O primeiro reconhecimento veio em 1973, quando foi contemplada com o Templeton Prize. Anos mais tarde, em 1979, Madre Teresa recebe o Prêmio Nobel da Paz. O sueco Alfred Nobel, criador da premiação, citou que o reconhecimento é dado "a pessoa que faz a maior ação pela fraternidade entre as nações, pela abolição e redução dos esforços de guerra e pela manutenção e promoção de tratados de paz". Até hoje, Madre Teresa é uma das maiores influentes caridosas reconhecidas em todo o planeta. Com 87 anos, Madre Teresa de Calcutá morreu no dia 5 de setembro de 1997. Em 19 de outubro de 2003, o Vaticano beatificou Madre Teresa. Hoje a sua Congregação reúne 3 mil freiras e 400 irmãos, em 87 países, dando apoio aos mais necessitados em cerca de 160 cidades. Madre Teresa disse certa vez que sua solidariedade era "uma gota de salvamento num mar de sofrimento". Nota do Editor: Marcelo Andrighetti é estudante de jornalismo e colaborador da Parceiros Voluntários de Caxias do Sul.
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