Sancionado pelo governador José Serra, um novo salário mínimo começa a valer no Estado de São Paulo. A partir do dia 1º de agosto, o Estado passa a contar com três faixas para o piso regional, sendo: R$ 410, R$ 450, R$ 490. No país o salário mínimo é de R$ 380, portanto, no Estado Paulista com o reajuste será, R$ 30, R$ 70, R$ 110 respectivamente, acima do aplicado no Brasil. Para o consultor financeiro, especialista em economia doméstica e direitos do consumidor, Cláudio Boriola, essa é a oportunidade dos paulistas fazerem mais com o dinheiro a ser recebido. “Embora não seja muito o reajuste, é preciso que o cidadão não altere o seu padrão de vida, ou seja, mantenha os gastos dentro do que recebia anteriormente e procure poupar o valor extra, assim, desta maneira com um pouco investido por mês fazer tornar muito no longo prazo”, orienta. De acordo com o especialista, com um reajuste de 8% e um acréscimo de R$ 30 no menor piso regional, por exemplo, é possível chegar a realização dos sonhos. “Um pouco que se guarde por dia pode se tornar muito no longo prazo. Se um casal economizar exatamente R$ 1 diariamente terá ao longo de 25 anos mais de R$ 27 mil, considerando que essa economia vá para uma poupança nos moldes de hoje quando rende juros de 0,64% ao mês”, ensina. A nova Lei foi aprovada pela Assembléia Legislativa no dia 28 de junho e vale a partir deste mês, o reflexo será na folha do mês que vem. Estão inclusos na categoria de R$ 410 os serventes, trabalhadores domésticos, motoboys, auxiliares de escritório, ascensoristas, empregados não especializados da indústria, do comércio e de serviços etc. Já no piso de R$ 450 estão inclusos os carteiros, barbeiros, tintureiros, manicures e pedicures, encanadores, pintores, garçons, soldadores, pedreiros, cobradores de transporte coletivo, seguranças, soldadores etc. E por fim, na categoria de R$ 490 os administradores agropecuários e florestais, trabalhadores de serviços de higiene e saúde, chefes de serviços de transportes e de comunicações, supervisores de compra e venda etc. Conforme orienta Boriola, o valor a ser poupado depende de cada pessoa, cada família, quanto mais se economiza, maior será a reserva no final. “Se forem guardados R$ 3,50 por dia, considerando os 365 dias do ano, será uma poupança de R$ 1.277,50. Em dez anos já serão R$ 18.990,95; em 15 anos, R$ 35.547,41 e em 25, R$ 95.424,38, e assim sucessivamente, quanto maior for o valor poupado maior será a economia no montante final”, explica. Com o intuito de auxiliar o brasileiro a ter, portanto, uma vida financeira saudável, o especialista dá algumas dicas: · Sempre é possível economizar algum dinheiro, seja qual for a quantia. O importante é começar a poupar; · Liste suas metas e objetivos de vida. Coloque no topo de sua lista as prioridades. Trabalhe para financiar seus sonhos; · Viva sua vida e não a de seus vizinhos ou de seus amigos. Imitá-los poderá lhe custar caro; · O estilo de vida e o exemplo dos pais influem no comportamento financeiro dos filhos; · Busque educação financeira para realizar tudo o que deseja. Tenha consciência, alegria e prazer. Não deixe de fazer nada por falta de dinheiro; · Isso não significa que, depois de definidas, as metas não sofram alterações. Faz parte do planejamento realizar revisões periódicas, de preferência, uma vez por ano, de modo a confirmar se certos investimentos e gastos são realmente necessários ou se deveriam ser eliminados, assim como para redefinir objetivos de curto, médio e longo prazo.
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