Com as mãos percorrer as faces, estradas sinuosas. Emoções à flor da pele, corpo-consciência. Com os olhos calmos, claros, pétalas de flor, fonte de encontros, revelações sem fim, dentro de mim.
Passos fortes, sem olhar para trás! Pássaros cantam alegres, deixam seus ninhos, mergulham rasantes. Doces mistérios, sem palavras, silenciosos e puros. A natureza em festa. Nós, aqui, e o instante é nosso!
Rodeados de gente somos energia, somos alegria. O vento leva depressa, acaricia os sonhos, torna tudo transparente, disponível ao encontro dos caminhos que se cruzam e nada é por acaso. Estamos no lugar certo. Viajando com a natureza. Cheiro de manhã, amanhece rio, mata, sol, romper com imensas braçadas e mergulhar inteira. Cheiro de maresia, ondas estourando, histórias naufragadas. Mar de todas as tonalidades, calmarias e tempestades, mar... meu "eu" interior, alternando dia após dia, quero a maré vazia, quero a maré cheia, sentimentos de perdão, de coragem, de fé, tardes lançadas de esperança!
Raízes é o que somos meu povo alegre, sons de povo latino, violas, mágica no ar aquecem tardes. Oh! Céus do meu país quero olhar-te mais. E me encontrar. O tempo misterioso que se chama simplesmente Vida!
A caminho do Sol éramos todos éramos um só gerando a vida num retorno eterno. A caminho do Sol o destino é só Amar. Vamos descobrir a cada passo onde o amor - vento, metais, pedras, oceanos, crianças, feios, velhos bonitos, maus e bons. A caminho do Sol.
Uma luz tesouro guardado dentro de mim. Conhecimento. Conhecer-me é luz. Ficar sozinho por um dia, uma hora, uma noite. Voltar os pensamentos para dentro, olhar e sentir. Próxima do universo. Sentir a beleza do vazio. Que eu possuo uma força interior, que eu posso me renovar, escolher meu caminho, mudar de direção.
Abertura. Desabrochar. Viagem para dentro. Garimpar. Mergulho interior. Abrir os braços para o mundo, o ar, o sol, os irmãos. Focalizar o horizonte. Essência do meu dia: agradecer. Sou Fernanda socióloga mãezona de filhos incríveis educadora guerreira esposa privilegiada avó extraordinariamente coruja que quando escrevo além de não gostar de pontuação faço malabarismo com aquela angústia Sartreana de ser livre e a gostosíssima sensação de estar viva e melhor ainda... amando.
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