Prosa Rural (programa de rádio da Embrapa) das regiões Centro-Oeste e Sudeste fala sobre a produção de palmito como atividade florestal que contribui para a preservação ambiental Um dos produtos que não pode faltar na torta capixaba - o palmito in natura - já não corre mais risco de acabar. Graças a um programa de plantio de mudas de palmáceas para produção de palmito de vários tipos, a extração da planta nativa das matas capixabas é menor a cada ano. Palmito: atividade florestal com preservação ambiental é o tema do Prosa Rural que vai ao ar nesta semana nas rádios do Centro-Oeste e Sudeste. As informações são do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper - ES). Dados do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf) revelam que num período de três anos a retirada de palmito nativo no Espírito Santo caiu pela metade. Enquanto isso, o contrário ocorre com a extração de palmito plantado, que aumentou em 40%, entre os anos de 2003 a 2006. A iniciativa, que faz bem ao meio ambiente e garante diversificação de renda aos agricultores familiares capixabas, ganhou força em 2004, quando a Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aqüicultura e Pesca (SEAG) implantou o Programa de Cultivo e Repovoamento de Áreas Rurais com Palmeiras Produtoras de Palmito, em parceria com o Ministério de Meio Ambiente (MMA) e prefeituras. Desde então, quase três mil produtores de 37 municípios do Espírito Santo implantaram mais de 2,5 milhões de mudas, em áreas próprias, com repasses coordenados pelo Incaper, que produz e coloca à disposição dos agricultores as espécies pupunha, real, açaí, juçara e amargoso. Somados, os plantios dos produtores capixabas atingem 188 hectares com as variedades produtoras de palmito, cultivo que concilia aspectos ambientais e econômicos. Os agricultores familiares interessados em aderir ao programa de produção do palmito in natura devem procurar os escritórios do Incaper, no município onde está localizada a propriedade, para efetuar cadastro, receber as orientações técnicas e definir as estratégias para plantio e condução da lavoura. O programa prevê o repasse de sementes, de acordo com cadastro prévio, e os agricultores arcam com a mão-de-obra dos plantios. Para implantação das lavouras, são respeitados critérios que garantam que a área destinada para os plantios é adequada à atividade e apresente necessidade de preservação com cobertura florestal.
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