Este é apenas um dos casos que ocorre durante o estado de calamidade pública na Saúde
Luiz Moura |  |
Acompanhei, de mãos atadas, o desespero do senhor Rubens Vignati. Ele tentava, de todas as formas ao seu dispor, conseguir a transferência de uma paciente para outro município. Sua nora, a parturiente Érica Pereira Santos, 25, gestação de 08 (oito) meses, bolsa rota, deu entrada na Santa Casa às 15h00 do dia 23 (quinta-feira). O único hospital de Ubatuba, segundo Vignati, não tem profissionais e não está aparelhado para fazer (com todo o êxito) um parto de risco, como o que foi diagnosticado para sua nora. Os hospitais da região não possuíam vaga para que a paciente pudesse ser transferida. (Na imagem acima, Vignati, usando o telefone do gabinete do vereador Gerson de Oliveira, pede a interferência do deputado estadual Mozart Russomanno a seu favor. Era sexta-feira, dia 24, 17h00 e ele nada havia conseguido.) Calado, escutei o desabafo de Vignati. Ele reputa o estado de calamidade a que chegamos aos maus políticos que, infelizmente, ajudamos a eleger. Até as 21h00 de ontem, dia 25, Érica Pereira Santos continuava, no mesmo estado, na Santa Casa de Misericórdia Senhor dos Passos de Ubatuba. Mesmo tendo apenas uma idéia da crise pela qual passa a Saúde no município, pois não há transparência na administração Eduardo César (?), arrepia imaginar que eu ou alguém de minha família necessite do hospital. Não gostei do que senti ao participar do sofrimento do senhor Rubens Vignati. Pense: você ou algum dos seus também pode precisar da Santa Casa.
|