A arte é necessária, como o carinho, o adorno, o afago. Tanto quanto o abraço, o esforço, o esmero, que não são arte, mas condição para ser humano. O suporte, o estofo, o motor da história, mas não arte. Arte é um sopro, Um toque, um espasmo, um grito. O átomo e a montanha, o homem e a natureza. A paz é arte, assim como o fogo. Há quem diga que há guerra no estado da arte. Arte, para mim, é o olhar de minha avó. Parecido com outros que vi por aí, mas nunca iguais ao olhar sereno e forte de minha avó Adozinda. O deleite dos sentidos: Miró, Rosa, Göethe, Rimbaud. Da Vinci, Proust, Tom Jobim, Led Zep, Science e quem mais? Se não fosse pela arte Tudo seria insuportavelmente prático. E a vida, reduzida às pequenas escolhas. Nota do Editor: Marcos Alves é jornalista.
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