Big rider pretende ficar por três meses no arquipélago da Polinésia Francesa
O surfista Rodrigo Koxa tem dedicado meses de sua vida no Tahiti e, na última quarta-feira, dia 19 de setembro, ele embarcou para mais uma temporada. Com uma estrutura montada no arquipélago, desde o ano passado, que inclui casa, carro, barco e jet ski, ele vem treinando com dedicação e seriedade para encarar as ondas de Teahupoo. Considerada uma das mais perigosas do planeta, qualquer erro pode ser fatal. Entretanto, Koxa quer mais, e espera encarar, desta vez, a maior de todas. Acumulando experiência a cada viagem, ele tem surfado boas ondas, mas ainda não o suficiente para superar o seu próprio limite. No mês de outubro do ano passado, Koxa viu de perto o poder de Teahupoo, com ondas que alcançaram 15 pés, aproximadamente cinco metros de altura. "Foram três dias de ondas grandes e belos tubos, que surpreenderam a todos. Até o havaiano Garrett MacNamara disse que o swell foi um dos maiores do ano", relembra. Segundo Rodrigo Koxa, a bancada de Teahupoo pode suportar ondas surfáveis de até 20 pés. "Essa é a minha expectativa e os próximos meses são os ideais para a chegada de grandes ondulações", torce o atleta que planeja ficar até novembro. Se vier, será o melhor presente de aniversário que ele já teve. "O Tahiti é um paraíso e alcançar o meu objetivo vai ser de mais", sonha o aniversariante que completará 28 anos de idade no próximo sábado, dia 22 de setembro. Para deslizar nas paredes líquidas com o equipamento certo e sair ileso, ele conta com o apoio do shaper Alexandre Akiwas, que estará ao seu lado no Tahiti, incentivando e estudando as melhores curvas para fazer a prancha mágica. "O Kiwi é um amigo que tenho o privilégio de contar com a sua ajuda. Ele é o responsável pelas minhas pranchas e tem se saído muito bem nas que tem feito. Para mim, são as melhores", afirma o big rider que também recebe o apoio dos blocos Teccel. Tow-in - Rodrigo do Espírito Santo nasceu na cidade de Jundiaí, interior de São Paulo, e aos dois anos se mudou para o Guarujá, litoral do Estado. Hoje, é um dos grandes nomes da nova geração que adotou o recurso do jet ski para entrar nas ondas gigantes. Completamente necessário, principalmente, quando o surfista não consegue acompanhar o time do vagalhão somente na remada. Com o jet ski, ele fica esquiando até ser colocado no lugar certo para começar a descer ladeira abaixo. Além disso, o piloto é o responsável pelo resgate do surfista, livrando-o da zona de perigo. Em sua última temporada no Hawaii, no começo do ano, Rodrigo fez o curso obrigatório para tal prática. Ministrado por Sam Pa’e e Ian Masterson, da Association of Professional Towsurfers, ele conheceu os códigos de ética do tow-in para uma navegação em jet ski de forma segura e legalizada. Já no mar, ele teve a oportunidade de ser rebocado pelo big rider Romeu Bruno, pioneiro na modalidade entre os brasileiros. "Romeu é o mais experiente de todos nós e sabe se impor diante do trânsito de jet ski na hora de puxar para entrar na onda. Treinamos bastante em Jaws e abracei essa oportunidade com muita dedicação para fazer jus à experiência que ele já tem", conta o atleta que surfou ondas de 40 pés.
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