Bonita demais pra viver tão longe; Esperta demais pra chorar baixinho; Guerreira demais pra passar batida; Forte talvez para lutar com bala; Grande quem sabe, tentar de novo; Honra, na vez de encarar assédio; Mas veio a fome, o lodo, o pouco; Gritou mundo, clamou sempre; pediu todo; E veio o nada, o duro, a faca; Voltou tonta, violada, sedenta; Rasgada; Passou fome, gemeu frio, Perdeu todo o estio; E do alto do morro, diante da santa; Crente de toda, tremendo de ponta; Pediu ao Alto, do Alto, pro Alto, Uma chance de, quem sabe, ficar de pé. Nota do Editor: Gabi Cuzzuol é jornalista, professora de literatura e pós-graduanda em Jornalismo Cultural pela PUC-SP.
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