Resposta caiçara
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O pequeno quintal de minha casa, no Centro, produz limão-cravo, mexerica, cidra, pitanga, goiaba, abacate, acerola, palmito-juçara, café, banana, mamão, maracujá, cana-de-açúcar, abacaxi, gengibre, inhame, chuchu, salsinha, cebolinha, coentro, manjericão, alfavaca, pimenta-malagueta, hortelã, boldo etc. Um antigo pé de louro foi recentemente decepado por um idiota que fazia a limpeza (de praxe) no terreno. Da infância, lembro de cajá-manga, araçá, pêssego, lima-da-pérsia, figo, ameixa-amarela e pimenta-do-reino. A variedade de flores e plantas ornamentais cresce... sempre. Para uma família caiçara o terreno deixa a desejar, mas isso não impede que, na geladeira, o local destinado para a colocação de ovos conserve-se repleto. Tradição antiga que permanece, apesar da localização do imóvel. Mesmo com o barulho da cidade tiés-sangue, sabiás, cambacicas, corruíras, tico-ticos, beija-flores, saíras, bem-te-vis, sanhaços e rolinhas transitam entre as folhagens do meu quintal na incessante busca pelo alimento de cada dia. Não saem de mãos abanando, digo, de bicos vazios. Na sexta-feira, 21, eu soube que estavam distribuindo, na Praça 13 de Maio, mudas de árvores que a Elektro doou para o município. Fui até lá (imagem acima) e ganhei uma muda de uvaia. Vou plantá-la junto às frutíferas. É a resposta que dou à destruição dos cravos, no Ipiranguinha, um dentre os aniquilamentos praticados pela "administração Eduardo César".
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