O final do ano é sinônimo de aquecimento na economia e novas contratações, principalmente de temporários. Na disputa por uma vaga, alguns cuidados são essenciais para que a apresentação seja mais eficaz e as chances do entrevistado aumentem.

“Alguns ícones são facilmente reconhecidos pelas pessoas. Um exemplo claro é se compararmos as mãos de uma pessoa orando por alguma graça na igreja. Como elas estão? Estão juntas, cruzadas. Agora, imagine as mãos na mesma posição em uma entrevista de emprego. Como o entrevistador pode ler a mensagem? Isso pode ser interpretado como ‘por favor, me dê esse emprego’”, explica Sttella Gulo Baster, consultora e professora da Talk Stick 22 (www.talkstick22.com.br).

Os papéis não devem ser colocados desta forma. Ou seja, o candidato à vaga precisa sim do emprego, mas a empresa precisa do seu serviço. Por isso, o entrevistado precisa estar seguro para conseguir mostrar que tem competência de oferecer algo de muito útil, importante e decisivo para aquela empresa.

“É importante se posicionar como um ponto a favor e não como um produto a ser comprado. Se valorize um pouco mais, pois essa posição de cruzar as mãos é uma posição subalterna, humilde demais. Não é agradável ter diante de você alguém que se faz de humilde demais”, completa Sttela Gulo Baster.

Outras dicas importantes: evitar ficar muito próximo da beira da mesa, ou seja, grudado nela porque isso demonstra insegurança. Também não é aconselhável ficar com a mão ou as mãos apoiadas nas pernas, pois passa uma sensação de impotência, falta de ação. Evite ficar segurando o currículo o tempo todo, pois isso limita os movimentos e ele se torna uma “bengala”, um apoio para se ter mais segurança.

“As pessoas devem gesticular, mas sempre com consciência, fazendo gestos coerentes. Desta forma, o interlocutor consegue materializar o que está sendo dito e isso ajuda na transmissão da informação. Então, se o entrevistado é destro, a mão direita precisa ficar livre para poder materializar, convencer e seduzir o outro através dos gestos”, afirma a professora e consultora da Talk Stick 22.