Recobro os sentidos condescendente, pronta a me perdoar. Retroceder, não mais! Da incisão na alma, apenas cicatriz. Remeira que fui, da vida que vai, tomo a Proa num gesto articulado comando a embarcação, não vou naufragar... Suspiro profundo me faz revivificar O tempo é relíquia não posso parar. De frente ao espelho, pinto os lábios de vermelho num festim licencioso desperto o malicioso colorindo com o rubro as cinzas que desbotou. Do ser imutável, nada restou. Os restos mortais, o vento levou. Nota do Editor: Elizabeth Misciasci é jornalista.
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