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24/10/2007 - 10h07
O difícil começo
Antonio Carlos Lopes
 

As empresas estão em busca de jovens talentosos, bem formados, com grande potencial e "experiência". O talento é inato; a formação vem dos bancos escolares, leitura, entendimento das teorias e dedicação ao aprendizado; o potencial, da soma de ambos e a experiência como fica?

Se a "pedida inicial" já é acompanhada de experiência, como fica o começo de tudo? Onde então encontrar uma empresa para começar a construir a experiência? Uma companhia que, baseada apenas na formação e potencial, dê a primeira chance, que tenha a paciência de esperar a experiência chegar, com o passar do tempo e da vivência de situações e nunca experimentadas na escola, nem mesmo nos melhores MBAs do mundo. A realidade apresenta situações novas e quase sempre não imprevistas.

Por outro lado, empresas que possam identificar aqueles que vão fazer a diferença quando a experiência chegar saem na frente na busca dos verdadeiros talentos e com uma relação custo x benefício extremamente importante para a perenidade dos negócios. Principalmente porque jovens bem formados, com grande potencial e com "experiência" são os que todos querem. Normalmente os que já atingiram essa condição já estão bem e são caros.

Empresas que investem cedo na busca de talentos, garimpam os melhores, e se empenham em oferecer programas de recrutamento e treinamento de qualidade estão sempre na frente. Outra vertente desse processo está na necessidade de fazer o conhecimento "circular". Os mais experientes devem ser estimulados a propagar o conhecimento acumulado. A disseminação das experiências é fundamental para o crescimento constante de todos. Empresas com esse perfil, quando alguém que ocupa um cargo importante deixa a empresa, sua substituição parece natural, pois existe alguém pronto para ocupar aquela posição com a mesma competência. Não há o "estresse" da substituição, o mundo não acaba, as ações não são depreciadas, tudo continua, nada se abala e os lucros se mantêm. Todo acionista e principalmente membros de conselho deveriam estar atentos a isso.

Parece fácil e muito simples, mas não é. O modelo imediatista que reina no mundo corporativo muitas vezes requer tratamento de choque. Precisa buscar "urgentemente" alguém para resolver problemas no curto prazo, algo para ontem. E assim, políticas de buscas de longo prazo vão sempre ficando para depois e dificilmente serão implementadas. É o cachorro correndo atrás do rabo.

É evidente que num primeiro momento, ou mesmo numa necessidade de mudanças radicais, as empresas precisam buscar alguém que faça a diferença e traga a tal "experiência" já adquirida, para ser usada, imediatamente, na solução de problemas ou na definição de novas estratégias. Porém, essa política não deve ser adotada como regra. As empresas precisam estar convencidas de que o melhor caminho é o de se antecipar às necessidades e precisam investir na frente, antecipando-se aos movimentos e as questões de sucessão, parar e se organizar, ter consciência de que o caminho é este e criar a sua política de "pescar" os bons ainda sem experiência, porém com algo que possa fazer a diferença lá na frente.

Vivemos em um tempo o qual as corporações não se distinguem mais por produtos, tecnologias ou capital, mas principalmente pelas pessoas que as compõem, seu capital humano. Se cada empresa pudesse quantificar o talento que tem "guardado" em casa esperando amadurecimento seria muito importante para entendermos como as elas se posicionam em relação ao futuro.

As empresas que investem no capital humano dificilmente precisam contratar um profissional para promover grandes mudanças, porque estão sempre se atualizando ao oferecer oportunidade para que jovens talentos apareçam e possam sempre contribuir com novidades.

Existe um canal que favorece este tipo de integração, em que novas idéias são sempre bem-vindas: são aquelas empresas em que o time sempre tem um substituto à altura do titular, muito parecido com o que acontece com os grandes times de futebol que sempre vencem campeonatos, ou estão nas primeiras posições, e que nunca dependem de um jogador para fazer a diferença, porque o elenco é que a faz.


Nota do Editor: Antonio Carlos Lopes é contador e sócio-diretor das empresas Asscont Assessoria Contábil e Auditoria S/S, Asscont Consultoria e Gestão Ltda., Transearch Brasil Consultoria em Recursos Humanos Ltda., Automóvel & Cia. Ltda. (Internet). Com quase trinta anos de experiência, Antonio Carlos possui uma experiência bastante diversificada, envolvendo negócios e ações em múltiplos mercados.

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