As palavras voltam à boca Como um cão perdido à casa E entre tantas vozes Tão poucas disseram: - Vai-te, extravasa!! Os escritos imploraram E eu não soube responder Esquisitos Não voltaram Para este poeta reviver Fecharam-se as portas Apagaram-se as luzes E assim, meio mortas Usando capuzes... - As luzes! - Oh! Meu Deus, as luzes! Pelos sofrimentos seus Quanta poesia morreu.
Nota do Editor: Edmundo Pacheco é escritor por devoção, 46 anos, poeta por impulso, jornalista por profissão há 28 anos. Pai da Édile e do Dilee, marido da Sueli, avô da Julia. Três ou quatro livros escritos, nenhum publicado (procura editora, séria, desesperadamente). Perfil? Bom, já foi bóia-fria, catador de batatas, lavador de banheiros, pasteleiro, feirante, churrasqueiro de restaurante beira de estrada, pacoteiro, vendedor de tecidos, derrissador de café, repórter de impresso, pauteiro de TV, assessor de imprensa, revisor, diagramador, editor de texto de TV, funcionário público estadual e municipal, dono de lanchonete, confeccionista, balconista, corretor de imóveis, editor-chefe de telejornal, entre outros... Atualmente vende sanduíche natural na praia de Inajá, onde mora.
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