Surfista é convidado para participar da etapa do WCT no Brasil
O mundo do surf está de olhos voltados para a praia da Vila, em Imbituba (SC). O motivo é a realização da nona etapa do WCT, o maior campeonato de surf da América do Sul, reunindo a elite mundial. Com prazo até o dia 07 de novembro para o término do evento, a prova que distribuirá US$ 300 mil em prêmios, continua no aguardo das ondas, que desde a última terça-feira, não aparecem. Entre os atletas que participarão da competição está Renato Galvão. O surfista de Ubatuba, litoral norte de São Paulo, foi um dos convidados para o evento, graças à sua colocação no ranking brasileiro do Super Surf. “É muito importante estar aqui e poder mostrar meu trabalho junto aos melhores surfistas do mundo. Fiquei muito feliz com o convite”, comemora Galvão que recebeu a boa notícia do diretor da South to South (www.southtosouth.com.br), Mauricio Fagundes, seu patrocinador. O atleta ingressa na primeira fase e terá pela frente duas feras do circuito mundial. Em sua segunda temporada no WCT, o americano Bobby Martinez foi o quinto melhor do ano passado e carrega em seu currículo uma vitória nas temidas ondas de Teahupoo, no Tahiti. Já o australiano Phillip MacDonald tem mais tempo na elite, somando seis edições, e também obteve um quinto lugar no ranking final de 2005. Uma das atrações da etapa é a possibilidade do campeão do circuito ser anunciado mais uma vez no Brasil. Quem está com chances de comemorar o caneco com antecedência é o australiano Mick Fanning. Em casa - Com um ano favorável, Renato vem conquistando seus objetivos. Nas competições nacionais, ele realizou um ótimo trabalho e compareceu por diversas vezes ao pódio. Antes de chegar em Imbituba, Galvão faturou a última etapa do Super Surf, realizada no Rio de Janeiro, garantindo pelo segundo ano consecutivo, o vice-campeonato. “Este ano, o evento foi bem disputado. Cada atleta venceu uma etapa e isso mostra o nível que está o circuito brasileiro”. A vitória nas ondas da Barra da Tijuca em cima do niteroiense Guilherme Herdy, se deve ao alto astral que viveu no Rio. “Estava com uma pranchinha boa, na companhia de minha esposa e na casa de meu amigo Léo Miranda. Foi bem legal, graças a Deus, e tudo isso ajuda muito”, descreve o campeão brasileiro do Super Surf de 2004, que ainda pode comemorar o bi, caso Jihad Kodr receba a punição da Associação Brasileira de Surf Profissional (ABRASP), por não ter comparecido ao exame de antidoping. Enquanto ele aguarda a decisão, Galvão comemora o bicampeonato do Brasil Tour. Também no Rio de Janeiro, só que dessa vez na bela praia de Saquarema, o ubatubense terminou o ano na primeira colocação do ranking da divisão de acesso. “Esse resultado foi muito importante, já que minha meta era conquistar pelo menos um título para a South to South. Só fiquei decepcionado com o descaso da mídia”, reclama. No circuito paulista profissional, o surfista também está liderando o ranking, entretanto, não será desta vez que ele irá comemorar mais um título. “Não irei para a última etapa do estadual, pois vou para o Hawaii correr o WQS”, avisa o campeão paulista de 2002. Para manter o ritmo nas competições, Galvão confessa que somente surfa e que evita alimentos que fazem mal à saúde. No mar, ele conta com as pranchas HIC (Hawaiian Island Creations) e está satisfeito. “Está sendo bem legal. As primeiras pranchas que eu peguei, já ficaram boas, tanto é, que foi com uma delas que eu venci o Super Surf”. Assim que a maratona de campeonatos terminar, ele já sabe o que fazer. “Quero descansar um pouquinho, né?”, brinca. Além de Renato Galvão, outros atletas completam a equipe de surf da South to South. Entre eles estão: Alemão de Maresias (big rider e free surf Pro); Emerson Piai (Pro); Lucinei Malas (Pro); Yagê Araújo (Amador); Aline (Longboard); Luiz Saraiva, Guilherme Ribeiro e Anjinho (freesurfers).
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