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05/11/2007 - 06h11
Cães considerados bravos
 
 
Treinador especializado em cães de proteção e defesa é contra castração e extermínio das raças e explica como o treino responsável pode ser a solução

A polêmica cada vez mais crescente sobre a raça Pitbull e outras consideradas violentas e as terríveis conseqüências que a posse irresponsável desses animais têm resultado, encontra no treinador Alexandre Maresca um importante aliado na luta pela posse responsável e pela não castração e extermínio desses cães.

Segundo Maresca, treinadores irresponsáveis alegam que, para não aflorar o instinto agressivo e de ataque de cães como um Pitbull, a solução é atuar somente com o treino básico de obediência - erro gravíssimo e grande responsável pelos acidentes. Esses treinadores acreditam que o procedimento não traria à tona as características mais agressivas das raças, que já possuem forte impulso de autodefesa e territorialismo.

"Este é um erro comum e o mais trágico de todos. Ao não trabalhar para canalizar e controlar as características individuais dos cães, levando em conta toda a sua agressividade, o dono está se enganando e acredita estar abafando esses impulsos. Mas, em algum momento eles virão à tona com toda a força, causando a pior de todas as conseqüências: acidentes com os próprios donos por total falta de conhecimento e preparo", explica Maresca.

Não há nenhuma possibilidade de "abafar" a agressividade de cães de proteção e defesa, como um Pitbull. "As pessoas então, são surpreendidas por ataques repentinos de seus cachorros, perdem o controle e em seguida, apelam para o abandono", diz Alexandre.

Para ele, o treino mais correto é aquele no qual são feitos testes por especialistas no filhote, antes que seja adquirido, para identificar se ele tem ou não agressividade. Após esses testes, o ideal é trabalhar essa característica para canalizar e controlar totalmente.

A solução mais adequada seria legitimar a profissão de treinador. O dono de cães pode contratar treinadores em busca da posse responsável, porém se esse profissional não estiver apto a realizar esse trabalho - o que representa mais de 90% do mercado - a intenção vai por água abaixo. "É preciso profissionalizar o treino de cães, com cursos e registros específicos para habilitar os novos profissionais a realizarem o trabalho com segurança e conhecimento adequado das raças e seus limites".

Outra parte da solução é que os donos de cães considerados bravos também passem por uma avaliação antes de adquirir animais da raça. Depois do aval, eles ainda devem passar por treinamento qualificado, já que 40% do treino é para o cão e o restante, focado no dono. "Com isso, elimina-se o início dos problemas de abandono e ataques repentinos", defende Alexandre. "Castrar é uma solução superficial que chegará à extinção das raças, o que ainda permitirá a criação de outras raças, já que mais de 80% das pessoas que buscam cães considerados bravos, querem proteção".

Esses cães não são imprevisíveis, trata-se de um erro comum. É totalmente possível ter um cão como este na sala assistindo televisão e em seguida mandá-lo imobilizar com 100% de precisão um ladrão invasor, com total controle para que ele pare.

"Isso acontece com cães de mulheres grávidas, senhores de idade e pessoas com deficiência física. Os cachorros podem ser controlados para viver em sociedade, por mais poderosos que eles pareçam ser", finaliza.


Nota do Editor: Alexandre Maresca é treinador de cães há 18 anos e especialista em treinamentos especiais de segurança, tendo atuado em 9 unidades prisionais da Grande São Paulo. Alexandre atuou também na Polícia Militar preparando cães para patrulhamento. Desde 1995 trabalha com treinamento de cães de famílias, sem limite de idade para início dos treinos. Hoje, Alexandre Maresca soma mais de 400 famílias em seu currículo.

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