Seus olhos fitam o meu semblante, brilhando inocentes, provocando em silêncio o meu despertar; Com seu sorriso criança, vais descobrindo segredos, guardados em mim para você desvendar; Sem poder lhe dizer nada, fico tecendo palavras que se revelam aqui; Me abro aos seus doces carinhos, conduzindo o seu destino a cada cantinho de mim; Deitado em seu colo pequeno, embalo seus pensamentos serenos com sonhos e imaginação; Ouço seus lábios murmurando baixinho, frases que levo comigo entregando em seu coração; Por fim se eu pudesse falar só um instante, mesmo num simples suspiro, eu lhe chamaria de anjo e você me chamaria de livro. Nota do Editor: Antonio Brás Constante (abrasc@terra.com.br) é escritor.
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