O também catarinense Jean da Silva vence o primeiro Pro Junior da França.
O Brasil brilhou no alto do pódio em Anglet, com a catarinense Jacqueline Silva vencendo o O’Neill Angels Challenge, inclusive batendo recorde de maior nota feminina na grande final disputada contra as australianas Melanie Redman-Carr (2º lugar) e Laurina McGrath (3º), e Lisa Hurunui, da Nova Zelândia. Porém, depois de comemorar duas vitórias domingo passado no Japão e na Inglaterra, na primeira etapa da "perna francesa" do WQS (World Qualifying Series) os brasileiros pararam nas quartas-de-final. O título do 5 estrelas de Anglet foi conquistado pelo australiano Troy Brooks, que superou o português Tiago Pires em sua última onda surfada na decisão do O’Neill Pro na Plage Les Cavaliers. O sul-africano Greg Emslie terminou em terceiro lugar e outro australiano, Nathan Webster, foi o quarto colocado no evento que reuniu 260 surfistas de dezenove países. Mas no mesmo fim-de-semana, o Brasil comemorou outra vitória na França. O também catarinense, Jean da Silva, foi o campeão do Nokia Pro Junior, para surfistas com até 21 anos de idade, finalizado igualmente no sábado (14/ago) em Lacanau, onde nessa semana o Mundial WQS tem continuidade em uma etapa masculina com nível máximo 6 estrelas e uma feminina de 5 estrelas. Novamente, mais de quarenta brasileiros vão estar representando o país na Côte D’Argent Francesa. A cabeça-de-chave número 1 do O’Neill Angels Challenge confirmou seu favoritismo ao tirar a maior nota - 9,57 - da competição feminina na bateria decisiva em Anglet. Na semifinal também disputada no sábado, Jacque Silva já tinha batido o outro recorde do campeonato, quando totalizou 17,50 pontos de 20 possíveis: notas 9,0 e 8,5. Pela vitória na etapa de apenas 2 estrelas, ela recebeu 2.500 dólares do total de 10.000 dólares oferecido no primeiro desafio da "perna francesa". "Estou muito feliz com a vitória!", começou Jacqueline. "Na semi e na final eu estava realmente tentando escolher bem as ondas e tive sorte de estar na posição certa para pegar as maiores das séries. É, sem dúvidas, um ótimo início na perna européia e foi importante para me deixar bem confiante para as próximas competições", falou Jacqueline Silva, que na decisão somou 14,84 pontos, contra 12,00 pontos da vice-campeã Melanie Redman-Carr, enquanto as outras duas finalistas não chegaram nem aos 10 pontos nas duas melhores ondas que são computadas. Ela agora parte com tudo para Lacanau, onde o Brasil já comemorou um título também no final de semana. O catarinense Jean da Silva foi eliminado logo nas primeiras fases em Anglet e resolveu competir no Nokia Pro Junior para já ir treinando na Grand Plage, local da etapa do WQS com nível máximo 6 estrelas que começa nessa segunda-feira na França. Na final, derrotou o havaiano Hank Gaskell (segundo lugar), o francês Loic Erran (terceiro) e Jeremy Flores da Ilha Reunião, para faturar 1.000 euros de prêmio. Entretanto, depois de vencer as duas provas do WQS finalizadas no domingo passado no Japão e na Inglaterra, com o baiano Armando Daltro e o paulista Renato Galvão, respectivamente, o Brasil não chegou nem nas semifinais do O’Neill Pro em Anglet. Seis brasileiros competiram no último dia de disputas em Lês Cavaliers. O potiguar Marcelo Nunes e o carioca Marcelo Trekinho foram barrados ainda nas baterias restantes das oitavas-de-final que abriram o sábado decisivo nas ondas de 1,5 metro de altura em Anglet. Depois, vieram duas derrotas duplas nas quartas-de-final. Na segunda bateria, o niteroiense Guilherme Herdy e o paulista Adriano "Mineirinho" de Souza foram eliminados pelos finalistas Greg Emslie e Nathan Webster. E na última quarta-de-final, o gaúcho Rodrigo Dornelles e o carioca bicampeão brasileiro Leonardo Neves foram superados pelo português Tiago Pires e por mais um australiano, Tom Whitaker. A Austrália colocou quatro surfistas entre os oito melhores do O’Neill Pro, mas só dois seguiram para a decisão, com uma vitória em cada semifinal. A primeira foi vencida por Webster e a segunda por Troy Brooks. Porém, quem dominou praticamente toda a decisão foi o português Tiago Pires, graças a uma nota 8,67 recebida em sua terceira onda. Só que no finalzinho da bateria, Brooks pegou uma ótima onda e tirou nota 8,33 para garantir a vitória com 15,00 pontos, contra 13,97 de Tiago Pires. O título valeu um prêmio de 12.000 dólares e 2.000 pontos que levaram o australiano da 26ª para a sétima posição no ranking mundial do WQS, que continua liderado com grande vantagem pelo catarinense Neco Padaratz. Com o terceiro lugar no O’Neill Pro, o sul-africano Greg Emslie recuperou a segunda posição derrubando o potiguar Marcelo Nunes novamente para a terceira colocação. Além de Neco e Nunes, os outros únicos brasileiros que aparecem na nova lista dos 15 surfistas que o WQS indica para completar a elite do ASP World Championship Tour (WCT), são o carioca Raoni Monteiro em quinto lugar e o paulistano Renan Rocha, nono colocado na classificação geral das 22 etapas realizadas. Ranking Mundial WQS 2004 Após 22ª etapa - ANGLET, FRANÇA 01)- 9.825 - Neco Padaratz (BRA) 02)- 8.953 - Greg Emslie (AFR) 02)- 8.280 - Marcelo Nunes (BRA) 04)- 7.995 - Luke Stedman (AUS) 05)- 7.620 - Raoni Monteiro (BRA) 06)- 7.543 - Chris Ward (EUA) 07)- 7.350 - Troy Brooks (AUS) 08)- 7.341 - Tom Whitaker (AUS) 09)- 7.325 - Renan Rocha (BRA) 10)- 7.260 - Frederick Patacchia (HAV) 11)- 7.170 - Toby Martin (AUS) 12)- 7.096 - Richard Lovett (AUS) 13)- 6.998 - Trent Munro (AUS) 14)- 6.945 - Kirk Flintoff (AUS) 15)- 6.896 - Eric Rebiere (FRA) 16)- 6.895 - Nathan Webster (AUS) 17)- 6.731 - Darren O’Rafferty (AUS) 18)- 6.658 - Travis Logie (AFR) 19)- 6.603 - Danilo Costa (BRA) 20)- 6.565 - Paulo Moura (BRA)
|