É meia noite Coração, Peito em brasa, Num turbilhão Imaginações sem asas Amores platônicos Eternos Que duram minutos Deixam anjos atônitos Amores absolutos Que jamais foram além de um olhar É meia-noite O vento varre a poesia, num açoite A noite, oculta o cadáver do poeta É meia-noite Árida Irada Raivosa É meia-noite Hora de acordar a morte E rogar-lhe a sorte Da boa hora De ir embora É meia-noite Hora de se calar É. É meia-noite Da meia poesia e meia Que nasceu morta, nesta macabra ceia... Nota do Editor: Edmundo Pacheco é escritor por devoção, 46 anos, poeta por impulso, jornalista por profissão há 28 anos. Pai da Édile e do Dilee, marido da Sueli, avô da Julia. Três ou quatro livros escritos, nenhum publicado (procura editora, séria, desesperadamente). Perfil? Bom, já foi bóia-fria, catador de batatas, lavador de banheiros, pasteleiro, feirante, churrasqueiro de restaurante beira de estrada, pacoteiro, vendedor de tecidos, derriçador de café, repórter de impresso, pauteiro de TV, assessor de imprensa, revisor, diagramador, editor de texto de TV, funcionário público estadual e municipal, dono de lanchonete, confeccionista, balconista, corretor de imóveis, editor-chefe de telejornal, entre outros... Atualmente vende sanduíche natural na praia de Inajá, onde mora.
|