Em passagem recente pelo maior conglomerado humano do mundo, pude observar que a China comunista que eu conhecia dos tempos de escola, durante o segundo grau, não tem mais nada daquela que ficou no passado. Se pensarmos que até a década de 70 a China era comunista e fechada para o restante do mundo, o que foi feito nos últimos anos foi uma revolução completa.

O país, que está prestes a sediar os Jogos Olímpicos de 2008, mais parece um canteiro de obras. Os gastos com a construção civil chegam a 375 bilhões de dólares por ano, 16% do produto interno bruto local. A China compra cerca de 20% de todo o aço produzido no planeta.

Quem pensa que esse "boom chinês" está concentrado somente em obras públicas ou de infra-estrutura, está muito enganado. Os grandes arranha-céus construídos junto a importantes escritórios de arquitetura do mundo são, na verdade, os maiores consumistas deste desenvolvimento abundante. A China começa a mostrar ao mundo que as barreiras culturais e econômicas, existentes no passado, foram quebradas com a ocidentalização e a urbanização em massa.

Todo esse desenvolvimento tem de fato um "dedinho brasileiro". Importantes siderúrgicas nacionais exportam aço para este grande mercado que cresce a proporções inimagináveis. Além disso, gigantes do Brasil na área de prestação de serviços começam a estudar esta nova potência como um próspero mercado a ser explorado.

Chega a ser absurdo o número de prédios construídos por ano nessa "nova nação". Assim como são grandiosas a preocupação e a atenção de empresas do setor diante dessa nova realidade. Os eventos e feiras que acontecem em território chinês dão um exemplo de todo esse crescimento. Há gente do mundo inteiro visitando-os, mas, principalmente, há muita gente fechando grandes negócios.

Em passagem por um desses eventos dedicados à construção civil, pude observar uma infinidade de marcas, produtos e empresas mostrando um pouco do que é exportado para o mundo inteiro dentro deste mercado. O que não faltavam eram opções e tecnologia, facilitando cada vez mais as operações neste País que cresce muito rápido e onde o tempo significa dinheiro.

Nota do Editor: Altino Cristofoletti Junior é engenheiro e diretor da rede de lojas de franquia Casa do Construtor e também da Formatta Negócios.