Dia 30 de novembro
Em “Toma Lá, Dá Cá”, sitcom da TV Globo, uma personagem em especial vem chamando a atenção não só do público em geral que acompanha o programa, mas também dos profissionais responsáveis pela administração de condomínios, os chamados síndicos. Interpretada pela atriz Stella Miranda, a síndica Álvara é responsável pela administração do Edifício Jambalaya Ocean Drive, onde moram duas família modernas e vizinhas, que se misturam em uma só. Álvara gosta de ser informada de todos os hábitos dos moradores do condomínio. Qualquer movimento estranho faz soar o alarme da síndica e ela prontamente se intromete na situação. Na vida real não é diferente. Só na cidade de São Paulo existem cerca de 20 mil síndicos, que todos os dias sentem na pele a dificuldade de agradar gregos e troianos na administração de um condomínio. Nem todos, porém, possuem as mesmas características da síndica Álvara de “Toma Lá, Dá Cá”, que é considerada conservadora e mandona. Segundo Angélica Arbex, gerente de relacionamentos da Lello Condomínios, empresa líder de mercado em seu segmento, com 1.100 condomínios gerenciados na capital, ABC e litoral paulista, os perfis dos síndicos podem ser os mais variados possíveis: Síndico Caxias - Leva as regras do condomínio ao pé da letra. Tem mania de perfeição e fica de olho em tudo. Síndico Ditador - É aquele que centraliza o trabalho e não leva em conta a opinião de ninguém. Síndico Boa Praça - Com alguma experiência em administração consegue a participação e envolvimento de todos do condomínio. Síndico Atarefado - Só convoca reuniões ocasionais e tem pouco tempo para os problemas do prédio. Síndico Expert - Aquele que trabalha em uma administradora e tem amplo conhecimento sobre as leis. Síndico Interessado - É o novato. Nunca pensou em se candidatar, mas foi empurrado para o cargo. Procura o máximo de informações para fazer uma boa gestão. Para Angélica, ser síndico é uma função que demanda conhecimentos elementares em legislação, recursos humanos e contabilidade. "Há, ainda, o fator emocional, já que o síndico deve gerenciar conflitos e administrar vaidades, pontos de vista e interesses diferentes entre funcionários e condôminos", diz. Ela explica que, assim como nas empresas, o síndico não administra o condomínio sozinho. Colaboração é um fator importante no exercício desse trabalho. "Sem esquecer, é claro, da colaboração dos próprios moradores, que participam por meio das assembléias gerais e reuniões", conclui ela.
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