Luiz Moura

Noite de quinta-feira, 29, 20h00. Toca o telefone.

- Você já recebeu o jornal do "Pinocchio César"?

- Que jornal?

- Rapaz!... Eu estava assistindo TV quando escutei o barulho típico de uma revista caindo. Fui até o terraço... São vinte e quatro páginas coloridas, em papel cuchê! Do tamanho do jornal do Jija! Tudo faz lembrar a Prefeitura, mas a página dois traz a advertência: "Este informativo não foi custeado com dinheiro público. Foi publicado com recursos pessoais."

- Pessoais? De quem? Agora você me deixou curioso...

- Agüenta aí! É só eu tirar o carro da garagem.

Circulamos rapidamente pelo Centro. Vimos vários indivíduos (funcionários públicos municipais) distribuindo os "informativos" para os pedestres, fixando-os nos pára-brisas dos carros, enfiando-os por baixo das portas das residências e dos "pontos" comerciais, atirando-os nas varandas das casas... Conversamos com algumas pessoas conhecidas e todas, sem exceção, demonstraram espanto quanto a embófia armada pelo dem... Eduardo Cesar.

Impressiona-me o desperdício desmedido de dinheiro uma vez que o mentor maior (et caterva) da administração do "nunca antes (e de novo jamais)" afirma, categoricamente, pelos cantos do município, que "já ganhou".

Por agora ficam as perguntas: A remuneração auferida da Prefeitura é suficiente para gastos estapafúrdios? De onde realmente saiu o dinheiro que custeou esta iniciativa eleitoreira? Por esse "aperitivo", já imaginaram quanto será gasto na campanha para a reeleição de "Dudu dos tijolinhos"? Quem são os "financiadores" de Eduardo Cesar e o que eles obtêm de retorno pelos "investimentos" que fazem? Essa propaganda eleitoral extemporânea é permitida?