• Ubatuba realiza atividade de preservação dos mangues
Os manguezais, ecossistemas que se desenvolvem entre o mar, o rio e a terra, nas margens dos estuários, estão entre os mais produtivos ecossistemas do planeta. Eles são considerados os berçários do mar, pois boa parte das espécies de peixes, crustáceos e moluscos dependem deles. Por esta razão, a Prefeitura de Ubatuba, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e a Associação Socioambientalista Somos Ubatuba (ASSU), realizarão atividades educativas voltadas para o tema, na próxima sexta-feira, 07 e domingo, 09. No dia 7, será realizada uma palestra na Escola Municipal Professora Altimira Silva Abirached e uma atividade de educação ambiental na ponte do Rio Acaraú, no Itaguá. No dia 9, acontecerá plantio de mudas e limpezas de praias. Esta iniciativa está em consonância com o movimento global de Alerta, chamado “Mangrove cry against global warming”, que traduzindo, significa: “Os manguezais choram contra o aquecimento global”. O movimento acontecerá no dia 8 de dezembro, em diversos países, sensibilizando a população para a ameaça e as conseqüências das mudanças climáticas. Os mangues do Litoral Norte Dentre as quatro cidades do Litoral Norte, Ubatuba concentra cerca de 54 % das áreas de manguezal desta região, seguida de Caraguatatuba com 45 % e São Sebastião com 1%. Em Ubatuba destacam-se os manguezais da Picinguaba e do Rio Escuro, como os mais expressivos. Os manguezais do Rio Grande, da Barra da Lagoa (ou Rio Tavares), do Acaraú e do Indaiá, apesar de não muito extensos são os mais ameaçados. Os mangues pedem socorro Apesar de seu importante papel no controle do aquecimento global, pois tem grande capacidade de reter carbono da atmosfera, diminuindo o efeito estufa provocado pela poluição e na atenuação de suas conseqüências, os manguezais são justamente um dos ecossistemas mais ameaçados por este fenômeno. Eles já vêm sofrendo diversas agressões, como: lançamento de esgoto sem tratamento, o despejo de produtos químicos utilizados em residências, comércios, barcos e indústrias e a deposição de lixo. Além disso, os manguezais estão cada vez mais cercados por casas que avançam sobre suas áreas, desmatando, aterrando e provocando o assoreamento e perda de biodiversidade deste ecossistema. A importância de preservar Segundo Henrique Luiz Almeida, membro da Assu, muitas comunidades litorâneas ainda não perceberam que os manguezais são importantes para controlar as enchentes e proteger o litoral de ressacas e tempestades, sobretudo pela ameaça do aquecimento global e elevação dos oceanos. “As atitudes humanas provocam a morte de animais e diminuem a quantidade de pescado, que não tem mais onde procriar, além de comprometer a própria saúde humana e contaminar o ambiente. Temos que reverter esta falta de cuidado humano com a natureza, porque o Planeta Terra é o lar de todos nós.” Para mais informações, ligue: SMMA (12) 3833-4636, ou ASSU (12) 3833-2192. • Baleias-de-Bryde chegam ao Litoral Norte Paulista
As Baleias-de-Bryde vêm a esta região principalmente nos períodos de primavera-verão em busca de seu alimento preferido, as sardinhas Depois de avistadas nas proximidades do Parque Estadual Marinho da Laje de Santos, o Centro de Estudos para a Conservação Marinha (Cemar) registrou a chegada das primeiras Baleias-de-Bryde ao Litoral Norte na temporada deste ano, iniciada oficialmente no dia 28 de Outubro. As baleias foram avistadas entre as ilhas Vitória e Búzios, pela equipe do Projeto Baleia de Bryde, que desenvolvido pelo Cemar. As Baleias-de-Bryde (cujo nome científico é Balaenoptera edeni) vêm a esta região principalmente nos períodos de primavera-verão em busca de seu alimento preferido, as sardinhas. Ocorrem mais comumente junto às ilhas, devido à maior abundância de peixes. Elas já tendo sido registradas nas proximidades das ilhas: Anchieta, Palmas, e Alcatrazes, além de registros anteriores entre as ilhas: Vitória e Búzios – todas elas inseridas em Unidades de Conservação estaduais e federais. Baleias de Bryde Diferentes das outras espécies mais conhecidas do público em geral, a baleia Franca e a baleia Jubarte, as "Brydes" (como são mais popularmente conhecidas) não migram da Antártica e sim de águas oceânicas para as águas mais costeiras. Alcançam, em média, 13 metros de comprimento e um máximo de 15,5 metros. As fêmeas são ligeiramente maiores que os machos por toda a vida, sendo que seus filhotes podem nascer com aproximadamente 4 metros, pesando cerca de 560 kg. Registros obtidos pelo Projeto, em parceria com o Instituto Oceanográfico da USP, indicam que, aparentemente, as baleias-de-Bryde se reproduzem em locais da Plataforma Continental, onde a profundidade é maior. Comportamentos de exibição, como saltos, exposição do ventre e outros, foram fotografados de forma inédita pela equipe do Projeto durante cruzeiros científicos que percorreram áreas até os 3.000 m de profundidade. Seu nome está associado à sua história trágica: foi dado em homenagem ao cônsul norueguês Johan Bryde, que inaugurou as primeiras estações baleeiras da África do Sul, em Durban, no século XIX e continuam sendo caçadas na atualidade por alguns países. Seu status de "insuficientemente conhecida" na lista dos animais em extinção ironicamente leva a uma justificativa para a chamada "caça científica", que é abominada pelas instituições voltadas à conservação, por ser um pretexto para a prática da caça com alegações de pesquisa científica. O Projeto O projeto se desenvolve em parceria com a Associação das Operadoras de Mergulho de Ubatuba (AOMU) e tem o apoio da Fundação O Boticário para a Conservação da Natureza, além da colaboração da Prefeitura de Ubatuba, por meio da Secretaria Municipal do Meio Ambiente. Coordenado pela Oceanógrafa-Bióloga Mabel Augustowski, o CEMAR expandiu seus trabalhos para o Litoral Norte paulista em 2005, passando a ser uma organização não-governamental com sede em Ubatuba. Agora, as embarcações voltadas ao turismo de mergulho que partem de Ubatuba, "vestiram a camisa" do Projeto Baleia de Bryde e do CEMAR: as embarcações da Omnimare, Scubatuba e NDS podem ser identificadas de longe com o logotipo do Projeto afixado em suas laterais. • Ubatuba celebra Dia Mundial da Pessoa Portadora de Deficiência
Este é um dia em que se propõe uma reflexão sobre os direitos e deveres destas pessoas, dentro de suas capacidades e limitações, bem como a inserção social e a minimização do preconceito No próximo dia 3, segunda-feira, celebra-se o Dia Mundial da Pessoa Portadora de Deficiência. Como é de costume, a Unidade de Reabilitação (Unir) realizará um dia de atividades voltadas para funcionários, usuários e familiares. O evento acontecerá na Praia do Perequê-Açú, das 8 às 13h, com atividades físicas, como alongamento, caminhada e frescobol. Segundo a coordenadora na Unir, Sueli Nogueira de Souza, a sociedade tem por costume desenvolver invenções, utensílios e normas que desfavorecem as minorias, como canhotos, obesos e deficientes. “Uma forma que as pessoas têm de ajudar a pessoa portadora de deficiência é respeitar as vagas de carros reservadas a eles nos estacionamentos, os acentos de ônibus e as vagas de empregos em empresas, por exemplo. Nas escolas, é importante que pais de crianças não deficientes aceitem e facilitem a inclusão. Os locais públicos devem buscar diminuir as barreiras arquitetônicas”, explica Sueli. O trabalho da Unir O atendimento a indivíduos portadores de necessidades especiais realizado hoje na Unir não tem restrições de idade e abrange diferentes patologias e seqüelas, com tratamentos de fisioterapia, fonoaudiologia e terapia ocupacional. A Equipe da Unir realiza tratamentos para casos de amputações, seqüelas de doenças, conseqüências de acidentes, problemas congênitos, distúrbios e deficiências diversas. Também são desenvolvidas ações preventivas através do Programa de Saúde da Criança, prestações de serviços assistenciais ao Lar Vicentino e APAE, além da participação no Conselho Municipal de Saúde e do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente. A Unidade de Reabilitação de Ubatuba, órgão da Prefeitura, por meio da Secretaria de Saúde, é referência municipal para concessão de órteses, próteses ortopédicas e meios auxiliares de locomoção (andadores, muletas, bengalas, cadeiras de rodas e banho).
|