Sutis pegadas de pés na areia da praia do Tempo, extensa e rude... A ilusão do "eterno" incendeia a mente, despida de atitude. Sou mortal, efêmero e sem rumo. Sou frágil, perecível e humano, mas reluto, nego e não assumo minha insignificância. Que engano, que tolice, quanta ingenuidade, tentar desbravar a eternidade quando o tempo de vida escasseia! Afinal, caio na realidade: de mim restarão, creia ou não creia, tão só rastros dos meus pés na areia! Nota do Editor: Pedro J. Bondaczuk é jornalista, radialista e escritor. Trabalhou na Rádio Educadora de Campinas (atual Bandeirantes Campinas), em 1981 e 1982. Foi editor do Diário do Povo e do Correio Popular onde, entre outras funções, foi crítico de arte . Em equipe, ganhou o Prêmio Esso de 1997, no Correio Popular. Autor dos livros "Por uma nova utopia" (ensaios políticos) e "Quadros de Natal" (contos). Blog "O Escrevinhador" (pedrobondaczuk.blogspot.com).
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