Papai Noel é generoso com os brasileiros e, todos os anos, lhes traz o Verão como presente antecipado
Para completar as festas de final de ano, nada melhor do que sempre ganhar o verão de presente. Neste sábado, dia 22 de dezembro, às 4h08, de acordo com o horário de verão, começa a nova estação no hemisfério sul. A palavra verão vem do latim veranum e a estação termina no dia 20 de março, quando começa o outono. Uma das principais características da estação é ter os dias mais longos do que as noites. O clima no Brasil em 2007 começou sob a influência do fenômeno El Nino que desvia as frentes frias vindas do Sul para o oceano. Porém, a partir de março, o El Niño entrou em rápido enfraquecimento, com o Oceano Pacífico equatorial vivendo uma fase de transição/neutralidade durante o Outono. A principal conseqüência dessa fase de neutralidade foi à antecipação da chegada do frio sobre a Região Sul. Em junho, o Oceano Pacífico entrou em processo de resfriamento, com a configuração do fenômeno La Niña, que perdurou até o final do ano e deve se estender até meados do próximo inverno. Entre as principais conseqüências da La Niña está o bloqueio das frentes frias sobre a região Sudeste, o que vai fazer deste verão um pouco mais chuvoso e não tão quente quanto o verão passado. "As chuvas de março fechando o verão será uma frase verdadeira durante a próxima estação. Com a La Niña configurada, as frentes frias passam mais pelo Sudeste e a nebulosidade não deixa as temperaturas subirem muito"- diz o meteorologista e chefe de operações da SOMAR, Marcio Custódio. Em São Paulo, Rio de Janeiro e no oeste e sul de Minas Gerais, espera-se um período com precipitações acima da média até março. Na Região Sul do Brasil, a diminuição da chuva é o principal impacto da La Niña, o que deve resultar em estiagens regionalizadas nos próximos meses. O déficit de chuva deve manifestar-se durante o Verão, quando a La Niña entra na sua fase de maturidade. As estiagens produzem ondas de calor, o que resultam em temperatura ligeiramente acima da média para o próximo verão. De forma geral, as ondas de calor que coincidem com o período seco. Espera-se anomalias de temperatura maiores para o centro e para o oeste da Região. Na região Centro-Oeste, o verão será de chuvas generalizadas e muitas vezes em grande volume. Esta condição é importante para o restabelecimento do nível dos reservatórios de água. Com o aumento da umidade e a volta da chuva diminuem as ondas de calor. O verão no Nordeste será quente e vai dar praia em todo o litoral, em função da pouca quantidade de chuva. Só no final do verão, por volta do mês de fevereiro, é que volta a chover em toda a faixa norte da região, do Rio Grande do Norte ao Maranhão. No norte do Brasil, o verão desenrola-se com chuvas acima do normal, especialmente na metade oeste e na parte norte da Região. Períodos prolongados de tempo encoberto e chuvas constantes resultam em temperaturas ligeiramente abaixo da média no norte do Brasil. "É um verão sem muitos picos de temperatura, as praias não terão temperaturas tão quentes quanto no verão passado" - finaliza Marcio, esfriando um pouco as expectativas dos veranistas de plantão.
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