Governo deixa de arrecadar R$ 20 bilhões anuais apenas nos setores de roupas, tênis e brinquedos, o que representa 50% do rombo deixado pela CPMF
A pesquisa encomendada ao IBOPE pela ANGARDI - Associação Nacional pela Garantia dos Direitos Intelectuais e a Câmara de Comércio dos Estados Unidos - US Chamber tem o objetivo de mostrar o impacto da pirataria no setor de consumo. O estudo foi feito com a intenção de mensurar diretamente, junto à população brasileira, o consumo de falsificações e cópias não registradas; levantar atitudes gerais sobre consumo de produtos "piratas" e temas correlatos; mensurar o consumo intencional de falsificações e cópias não registradas junto à população de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Recife, estimando volume de unidades, valores médios e valores totais gastos com esse tipo de consumo. Foram feitas 2.226 entrevistas, com a população com idade acima de 16 anos. Jovens de 16 a 24 anos continuam liderando o consumo seguido da faixa de 25 a 39 anos. "Já existe na população um hábito declarado de compra de produtos piratas. Os resultados nacionais indicam que 73% da população brasileira compra produtos piratas", declara o Diretor Secretário da Angardi, José Henrique Vasi Werner. A grande maioria dos entrevistados concorda que a pirataria contribui para a sonegação, diminuindo investimentos em setores como educação e saúde, bem como inibe novos investimentos que poderiam gerar mais empregos no país. Porém, os mesmos entrevistados justificam o hábito de compra com os seguintes argumentos: Marcas famosas lucram muito, impõem preços altos e não são prejudicadas seriamente pelo consumo de falsificações. Produção e comércio de falsificados geram muitos empregos nos países pobres, enquanto marcas famosas só criam vagas de trabalho nos países ricos. Aumentou a conscientização do impacto da pirataria na geração de emprego e na atração de investimentos, porém não existe vinculação da pirataria com a oportunidade de investimento do Governo na área social.
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