O primeiro mês do ano abre novamente aos empresários a possibilidade de aderir ao Simples Nacional, sistema de arrecadação de impostos do Governo Federal, mais conhecido como Supersimples. E justamente porque este não é o único meio de arrecadação, e as empresas devem planejar o pagamento da despesa para não gastar mais do que o necessário com impostos, é preciso avaliar corretamente qual a melhor opção entre Supersimples, Lucro Real e Lucro Presumido, lembra Marcelo Pereira, do escritório de contabilidade Candinho Assessoria Contábil de Santo André.

"Recomendo que as empresas se antecipem e adiantem seus cálculos. Dezembro e janeiro são meses de festas, férias coletivas e individuais, e o congestionamento no site da Receita Federal é muito intenso", diz o contador, lembrando que o último dia da adesão é 31 de janeiro.

Em janeiro, aqueles que relegaram o Supersimples por conta das dúvidas sobre o novo sistema de arrecadação de impostos ou foram impedidos de aderir por terem contraído dívidas anteriores a 31 de dezembro de 2006, têm nova chance de optar.

E, para os que já adotaram o Supersimples, existe a possibilidade de mudanças no seu enquadramento, no caso do objeto da empresa. "Várias regras entraram em vigor durante o período de adesão das empresas e muitos segmentos profissionais não tinham uma base de cálculo para aderir. Isso fez com que algumas empresas escolhessem brechas (como os objetos que não são correspondentes a sua área de atuação). Agora elas podem alterar e migrar para o enquadramento correto", diz Pereira.

"Contadores e especialistas devem estudar a atividade das empresas, orientando-as para que elas migrem para as melhores opções", recomenda Pereira, que chama a atenção para os riscos que o empresário está sujeito devido à integração dos órgãos fiscalizadores. "O empresário que optar por uma dessas brechas pode ter um enorme gasto no futuro", finaliza.