A Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj) lançou a revista Rio Pesquisa. A publicação, trimestral e com tiragem inicial de 10 mil exemplares, irá tratar das principais novidades na área científica e tecnológica no estado. De acordo com Ruy Garcia Marques, diretor-presidente da Faperj, o objetivo principal da iniciativa é divulgar as pesquisas científicas e tecnológicas financiadas pela fundação. “Em última análise, é uma prestação de contas, para que o público fluminense saiba em que estamos aplicando seu dinheiro”, disse à Agência FAPESP. Marques lembra que em junho de 2007 a Faperj teve seu orçamento substancialmente aumentado, passando a receber um repasse de 2% da receita tributária líquida do estado. “Com isso, a prestação de contas à sociedade se tornou ainda mais pertinente”, disse. A média do orçamento da instituição nos últimos seis anos foi de cerca de R$ 91 milhões. Em 2007, segundo o diretor-presidente, foram destinados à Faperj R$ 200 milhões, aproveitados integralmente. “Utilizar bem esse dinheiro é uma grande responsabilidade nossa. Nesse contexto, a revista foi planejada para ter uma linguagem universal, acessível, de forma que não fique restrita ao pesquisador, mas chegue de fato à população em geral”, afirmou. O primeiro número da revista, que é produzida pela equipe de jornalistas da Faperj, tem 40 páginas. A publicação será enviada a todos os pesquisadores e instituições fluminenses. Ela também pode ser lida integralmente na internet. Segundo Marques, cada número deverá enfocar um laboratório ou instituto de pesquisa do estado. O primeiro número traz o biotério da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que, segundo Marques, é o maior do país e é um modelo de nível internacional. “A escolha foi pertinente porque estamos passando por um momento delicado no que diz respeito ao uso de animais para pesquisas. O Rio de Janeiro chegou a sancionar uma lei que proibia a experimentação animal, o que seria uma tragédia para o país. Felizmente, o prefeito voltou atrás”, disse. O próximo número da revista destacará o Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O anúncio de que a Faperj liquidou os R$ 200 milhões em tempo recorde foi feito durante o lançamento da revista. Desse total, R$ 150 milhões já foram pagos. Segundo Marques, é um marco que não havia sido atingido na história da fundação. “Os recursos possibilitaram lançar 18 editais, além das bolsas e dos auxílios oferecidos pelo sistema de balcão. Na última semana, outros R$ 10 milhões foram destinados à pesquisa. Durante este ano, os pagamentos foram feitos sem atropelos ou intromissões”, comemorou. Além da Rio Pesquisa, a Faperj lançou a publicação Cientistas e Jovens Cientistas do Nosso Estado, que relaciona todos os projetos e pesquisadores relacionados aos editais de 2007. A revista está disponível para leitura em arquivo pdf no site da Faperj, em www.faperj.br.
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