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Surfe
21/08/2004 - 13h04
Pedro Muller, um ídolo brasileiro
Marcos André Araújo
 
 
Daniel Smorigo / Free Surfer 
  Pedro Muller, dando entrevista.

A vitória do carioca Pedro Muller na quarta etapa do Super Surf emocionou a todos e por uma simples razão, o que ele representa para o surf brasileiro. Profissional desde 1984, Pedro ganhou respeito, admiração e notoriedade, não só pelo seu surf, que marcou as décadas de 80 e 90, mas pela pessoa que é. Com isso, a comemoração dele e de sua família pelo título em Itamambuca, não ficou restrito a eles, mas foi comemorado por todos que o conhecem e será comemorado ainda por muito tempo. Tê-lo no hall de uma equipe de surf é privilégio para poucos, como a empresa brasileira South to South, que tem em seu slogan, 100% Brasil, 100% surf. Pedro significa isso. Ele é Brasil, ele é surf. Abaixo, o "Águia" comenta um pouco mais da sua vitória, dos seus planos, da sua carreira. Pedro Muller é um ídolo brasileiro que merece ser venerado e o lugar mais alto do pódio, aos seus 38 anos de idade, comprovou isso.

O que passou pela sua cabeça antes de chegar em Itamambuca?

Na verdade, eu estava bastante apreensivo. Levei uma prancha nova do Joca Secco, com medidas bem diferentes do que eu costumo usar, mais fina e mais estreita. Não tinha idéia se eu iria me adaptar ou não. Mas a minha meta no campeonato era passar pelo menos algumas fases e chegar na nona colocação.

Em que momento você percebeu que poderia chegar lá?

Quando passei pelo Peterson Rosa nas quartas de final. Ganhei mais confiança e comecei a achar que tinha chances, mesmo que pequenas.

Ao chegar na final, qual foi a sua estratégia para superar fortes adversários?

Como o mar estava bem difícil, me concentrei em achar ondas com mais parede para encaixar pelo menos duas manobras. No entanto, o fator sorte estava ao meu lado, pois tive muita sorte durante o campeonato.

Que prancha você usou?

A prancha que usei foi uma 6’1", do Joca Secco, com 18" e 1/8 de meio. Essa prancha me ajudou muito, já que encaixou muito bem com o meu surf e com as ondas de Itamambuca. Mesmo tendo estreado na véspera do campeonato fiquei muito seguro com ela.

Nas baterias, quem lhe deu mais trabalho?

Todas as minhas baterias foram muito equilibradas, venci a maioria delas com uma pequena vantagem.

Qual foi a emoção de ganhar o campeonato?

Foi uma das vitórias mais importantes da minha carreira. Valeu a pena ficar 11 anos sem ganhar uma etapa do brasileiro e ganhar essa aos 38 anos, com toda a minha família assistindo e torcendo por mim. Realmente não poderia pedir uma vitória melhor. Fiquei muito emocionado, principalmente pelo carinho que recebi de todos os competidores e pelas pessoas envolvidas no evento.

O que esse título vai representar para você daqui pra frente?

O mais importante foi que ganhei mais confiança no meu surf. Na próxima etapa vou acreditar muito mais no meu potencial.

Há quanto tempo você está como profissional?

Desde os 18 anos de idade.

Ser surfista profissional e presidente da Abrasp atrapalha ou facilita?

Na verdade a Abrasp não me toma muito tempo. Procuro dentro do possível estar em contato com o Marcelo Andrade (diretor executivo) e ajudá-lo no que for necessário. Estou com minha escola de surf, que já me toma muito tempo, por isso fico dividido entre a escola de surf e os meus treinos. Minha função na Abrasp é representar bem o surf profissional em todas as áreas.

Ser presidente o ajudou como competidor?

Não ajudou nem atrapalhou. Mas como vivo do surf, é muito importante que eu fique por dentro de tudo que acontece no surf profissional. Aprendi muito, o que é muito bom para minha carreira.

Qual é a idade limite para um competidor no Brasil?

Não sei se existe idade limite. Vejo surfistas como o Jojó, Wagner Pupo e o Tinguinha, que só pararam por falta de apoio, mas que ainda tem muito surf e condição física para continuarem competindo por muito tempo. Cada vez mais está ficando difícil para os atletas mais experientes conseguirem patrocínio, e assim, dedicar aos campeonatos. Na verdade atletas como os que citei, deveriam ter patrocínios, independente dos resultados. Seria muito bom para qualquer empresa do surf ter em sua marca grandes nomes do surf vinculados a ela.

O que significou para você fazer parte da campanha do Hino Nacional da South to South?

Fico muito orgulhoso por fazer parte de uma empresa 100 % nacional.

Há quanto tempo está na South?

Há 6 anos.

Até quando pretende viver como competidor?

Não dá para fazer uma previsão, mas enquanto conseguir resultados e conseguir minha vaga no Super Surf, não vou abandonar.

Quais os planos quando parar de competir?

Continuar com a minha escola de surf.

Há quanto tempo está casado com a Cláudia?

Estou com a Claudia há sete anos e temos duas filhas, Giulia de 10 anos e Manuela com cinco. Todas elas foram grandes responsáveis pela minha vitória em Ubatuba.

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