A Folha de São Paulo (FOLHA A8), de 02-01-08, publicou matéria sob o título: “Corrupção deixa em crise cidade de São Paulo”. A matéria foca o município de ROSANA, às margens da hidrelétrica Sérgio Motta (antiga Primavera). A corrupção decepcionou, irritou e movimentou a população contra seus políticos. A cidade, com 19.919 habitantes, tem orçamento de R$ 52.000.000,00 (cinqüenta e dois milhões de reais) e, segundo o Dr. Promotor, Marcelo Creste, que apurou a corrupção: “Rosana, pela arrecadação que tem, era para ser uma cidade com nível de vida europeu. Isso se todo esse dinheiro desviado tivesse sido destinado para benefício da população”. O dinheiro, a que o Dr. Promotor refere-se, são os R$ 60.000.000,00 (sessenta milhões de reais) desviados dos cofres públicos, nos últimos três anos, pelo sistema de corrupção instalado no município e denominado pelo pomposo nome de “PARCERIA COMERCIAL”. Sistema que envolvia empresários, funcionários públicos, seis dos nove vereadores e o prefeito, já cassado, Jurandir Pinheiro. Como conseqüência da corrupção, Rosana sofre hoje: - “Dívida de R$ 40.000.000,00 (quarenta milhões)”. - “Postos de Saúde sem remédios”. - “Hospital com parte do atendimento suspenso por falta de verbas”. - “Prédios públicos abandonados” - “Emigração de jovens por falta de empregos e de oportunidades”. Esse vandalismo todo foi derrotado pela união da população em torno da “ASSOCIAÇÃO PELA ÉTICA E MORALIDADE ADMININISTRATIVA”, Ministério Público, Justiça e Polícia. Esta prendeu 41 pessoas. Entre elas o prefeito cassado, os seis vereadores (que davam apoio incondicional ao prefeito cassado), empresários e funcionários públicos. A união de forças da população e o cumprimento do dever das autoridades desbarataram a gangue de ladrões. Ao ler e analisar a matéria jornalística fiquei impressionado com a similitude de efeitos vividos em Ubatuba. Como em Rosana, em Ubatuba temos: - Postos de saúde sem remédios; - Hospital com parte do atendimento suspenso por falta de verba; - Prédios públicos abandonados; - Emigração de jovens por falta de empregos e oportunidades; - Obras, supostamente, superfaturadas; - Obras concluídas, com atrasos de meses ou anos, após ter vencido o contrato inicial, e que, entregues, permanecem meses sem uso etc. etc. etc. Efeitos, necessariamente, têm causas. Não sabemos se são as mesmas de Rosana ou outras. O que é necessário e urgente é buscar as causas desses efeitos que tanto empobrecem, perturbam e aviltam Ubatuba e, como Rosana, saná-las. VIVA UBATUBA. Sem dengue e sem caluniadores. Nota do Editor: Corsino Aliste Mezquita, ex-secretário de Educação de Ubatuba.
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