A conjuntura econômica em que está inserido o Brasil sinaliza para uma considerável etapa de crescimento nos próximos anos. Deste cenário, espera-se o surgimento de um país com mais empregos, novas oportunidades e melhor distribuição de renda. Se é certo esperar por maior oferta de empregos, é igualmente correto supor que as portas se abrirão com mais facilidade aos que estiverem bem preparados e em sintonia com os novos tempos. Nunca é demais insistir também no fato de que os mais especializados terão acesso a melhores salários e a perspectivas concretas de ascensão profissional. Para os que estão à margem do mercado de trabalho, 2008 é, portanto, um ano dos mais promissores. Até por isso, fica um conselho importante, em especial aos jovens: não há tempo a perder. O início do ano é o momento propício para fazer planos profissionais, estabelecer metas e buscar a qualificação profissional. Estudar com afinco redobrado e procurar especialização em uma das tantas funções hoje oferecidas pelo mundo corporativo são medidas imprescindíveis para o sucesso profissional. Para isso, não faltam boas opções no mercado, seja em áreas administrativas, técnicas ou de relacionamento. O importante é não ficar parado ou achar que as coisas só começam a acontecer depois do Carnaval. É hora de pegar trem da qualificação. E um bom curso pode ser o bilhete necessário para embarcar rumo a um futuro promissor. Hoje, apesar dos esforços empreendidos pelos últimos governos, tanto nos oito anos de FHC como nos quatro de Lula, e por entidades particulares de ensino, o Brasil ainda vive um momento angustiante: não consegue transmitir esperança de um futuro estável para seus jovens. Tal fenômeno começou com a abertura ao exterior, desencadeada no início da década de 90, e deixou marcas profundas de frustração em todas as classes sociais. Neste contexto, os cursos profissionalizantes de curta duração garantem uma perspectiva interessante, à medida que fornecem o conhecimento aplicável, normalmente focado em determinadas habilidades e competências, e estimulam a iniciativa, o empenho e o compromisso com o novo. É a possibilidade de aumentar os repertórios profissional e pessoal em um espaço de tempo relativamente curto. Mais do que um professoral "eu sei", o ensino livre traz a perspectiva dos práticos e necessários "eu sei fazer" e "eu estou aberto para aprender", afirmações que vêm de encontro às demandas das empresas: elas buscam alguém capaz de ser contratado hoje já sabendo o quê, como e quando fazer e um profissional disposto a aprender e assimilar novos ensinamentos. Uma coisa é certa: sem estudo e sem reciclagem, o profissional tende a ficar estagnado, reduzindo suas chances de encontrar uma boa ocupação no mercado de trabalho. O momento agora é de mudança e demanda um esforço imediato. 2008 está apenas começando, mas já é hora de se mexer para não deixar o ano passar em branco. Nota do Editor: Wilson Roberto Giustino (wilson@cebrac.com.br) é presidente do CEBRAC (Centro Brasileiro de Cursos).
|