O universo dos investimentos tem mares mais instigantes que o oceano da poupança. Esta é a constatação que se chega ao analisar o mercado com tantas opções de investimento que mais fazem o poupador comum se confundir e preferir as velhas fórmulas de sucesso, sendo que a poupança ganha disparado de todas as outras por sua facilidade e garantia. Isso é dito pela consultora Suyen Miranda (www.suyenmiranda.com), da Persona Consultoria, responsável pelo programa Saúde Financeira, que traz capacitação e conhecimento sobre como usar melhor o dinheiro. "A poupança é, de longe, a opção mais fácil, mas muitos se esquecem que a garantia que ela oferece está limitada a R$ 20 mil, ou seja, há opções mais rentáveis no mercado", afirma a consultora. "Fundos de renda fixa, renda variável e mesmo fundos de ações tem mostrado resultados competitivos; no entanto, é importante que o poupador/investidor esteja alerta a não concentrar seus valores num único investimento, pois o mercado tem muita oscilação e o próprio poupador tem diversas possibilidades de uso futuro do recurso", explica Suyen. A consultora comenta que o desenho ideal para quem quer poupar e investir para realizar sonhos começa na definição de tempo, prazo e valor a alcançar. "Para investimento de longo prazo, médio e curto prazo sugiro ter três investimentos diferentes, e no curto prazo considero a poupança imbatível conforme o valor investido. Se abaixo de R$ 10 mil, é o mais recomendável e acessível por ser para curto prazo - algo como uma reforma no lar ou uma viagem. Para opções de médio prazo, com resgate em pelo menos oito anos, os fundos são excelentes, e para opções de longo prazo, acima de 15 anos, fundos mais agressivos trazem resultados surpreendentemente positivos, mesmo considerando oscilações na bolsa como tivemos nesta semana", sugere. Outra dica importante para o investidor comum é estreitar o relacionamento com a instituição bancária onde os recursos estão. Isso traz condições de saber oscilações e possibilidades de curto e médio prazo vindas dos gerentes das instituições, mesmo para quem tem recursos abaixo de R$ 1 milhão. "Hoje, bancos, instituições de valores sabem que o consumidor está mais atento ao movimento financeiro, e se orientado corretamente, em prazo reduzido terá nas suas aplicações financeiras de sucesso resultados em dividendos positivos para a instituição, ou seja, todos ganham com a difusão de conhecimento e informação sobre dinheiro", completa Suyen. E quanto aos fundos de ações, tão comentados recentemente e agora questionáveis por baixas mundiais nesta semana? Para a consultora, nada menos inesperado: "a razão da queda veio do excesso de recursos em fundos imobiliários nos EUA, que tem política muito diferente do que em vários lugares no mundo, inclusive o Brasil. Isso mostra que é preciso estar atento ao movimento dos negócios, pois valores fáceis demais escondem insegurança e volatilidade", afirma e completa: "os fundos de ações disponíveis para o investidor iniciante estão lastreados em empresas de grande porte e com solidez financeira; daí a importância do investidor em acompanhar os jornais e ter estreita relação com as instituições financeiras onde dispõe de recursos. O dinheiro só aumenta quando há atenção sobre ele, o que implica na postura atenta do investidor, não importa seu tamanho", fica a dica final.
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