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COLUNISTA
Nenê Velloso
25/01/2008 - 14h22
20 anos de Fundart - 4
 
 
1987 - 2007

Não me recordo que o vereador Washington de Oliveira (Seu Filhinho), durante o seu mandato, tenha indicado qualquer projeto de lei. Ao contrário dos outros vereadores, nunca compareceu na minha seção de Planejamento e Urbanismo, nem por curiosidade, nem quando funcionava na sede, na Praça 13 de Maio, que ficava a 300 metros de sua farmácia e da Câmara Municipal, muito menos quando mudamos para a rua Dona Maria Alves, aí que piorou, passou para 600 metros. O único projeto que indicou e que eu tenho conhecimento, ocorreu quando foi NOMEADO prefeito a partir de agosto de 1936. O seu primeiro ato, quando a cidade estava em uma "tanga desgraçada", foi indicar e aprovar, em benefício próprio, a Lei nº 1 de 12 de agosto de 1936, fixando um subsídio ao prefeito no valor de três contos e seiscentos mil reis anuais, quando nenhum político tinha salário.

Lei nº 1 de 12 de agosto de 1936. - Imagem: © Arquivo Nenê Velloso

Então, o justo seria falar do irmão de Seu Filhinho, o professor Milton de Oliveira, que foi diretor em várias escolas do Estado de São Paulo e ocupou cargos importantes nas Secretarias de Ensino, além de excelente professor, querido pelos alunos, esportista nato e popular, participava ativamente de todas as comemorações cívicas da escola. O professor Milton de Oliveira foi eleito vereador na primeira tentativa, no primeiro pleito democraticamente constituído (voto direto), em 1947. Em seguida, foi eleito o 2º Presidente da Câmara Municipal para o período de 01-01-1950 a 31-12-1951, coisa que o seu Filhinho só conseguiu 16 anos depois, preço alto que ele pagou por não ser popular, preferindo sempre amizade dos narizes empinados e engravatados e outros.

Certos indivíduos, que vivem no anonimato da história, se agarram em qualquer coisa para tentarem se projetar, sem esforços, perante a população. Arvoram-se profundos conhecedores da história do cotidiano da cidade traçando perfis e até currículos de pessoas como eles gostariam que elas tivessem. Agindo dessa maneira, colocaram (e colocam) as famílias dos "seus endeusados" em situação constrangedora, porque eles nunca foram e nunca representaram, para a maioria dos caiçaras aqui do miolo, da maneira como vem sendo noticiado.

Veja a matéria apócrifa publicada no Litoral Virtual, intitulada: Washington de Oliveira "O Filhinho da Farmácia", afirmando que o Seu Filhinho governou a cidade por nove meses no ano de 1952 e foi vereador por várias vezes, entre outras. Isso é um disparate! Nessa matéria, só o título, foi exemplarmente e didaticamente correto. Em 1952, Seu Filhinho foi derrotado pelo candidato Sr. José Fernandes, tendo como vice-prefeito o Sr. Guilherme Martini, da cidade de Santos, radicado em Ubatuba, eleitos democraticamente pela vontade do povo; façanha que o Sr. Washington de Oliveira (o Filhinho da farmácia) nunca conseguiu.

Eu vou passar a limpo, tudo isso! Essa história vocês não acham nos livros, não existem anotações. Esse diário está gravado no cérebro só de quem já viveu e convizinhava com essas pessoas. E, quem já morreu, não escreveu, levou consigo para o mármore gelado, por isso que eu estou escrevendo. E, como já dizia o historiador taubateano Dr. Félix Guisard Filho: "Publique-se para que não se perca."

Posse do prefeito José Fernandes, 1952. - Imagem: © Arquivo Nenê Velloso

Eu não posso mudar a história do cotidiano dessas pessoas como querem alguns, como também não acredito que as informações sobre o perfil e currículo atribuído ao Seu Filhinho foram relatadas pelos seus familiares ou agregados da família. Sendo que, todos ou quase todos têm formação universitária, sabem distinguir o certo do errado e ainda moram nesta cidade, são meus conhecidos, um deles, foi meu professor de português (de conduta exemplar). Mas tenho a convicção que partes das informações fornecidas pela família foram distorcidas pelos puxa-sacos de plantão e também pelos anônimos da história que agindo dessa maneira prestaram um desserviço à cidade, à história e principalmente à família do homenageado.

Clique aqui para acessar a listagem dos textos (já publicados) da série 20 anos de Fundart.


Nota do Editor: Francisco Velloso Neto, é nativo de Ubatuba. E, seus ancestrais datam desde a fundação da cidade. Publicado no Almanak da Provícia de São Paulo para o ano de 1873. Envie e-mail para thecaliforniakid61@hotmail.com.
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