Passa um jogo na TV As ruas silenciam A menina já foi dormir Ainda há mulheres a espera Hoje dirigi como uma louca Infringi a lei. Mas o celular insistia E tinha uma reunião de trabalho A mulher leu algo bonito Acho que tem um amigo O trânsito estava terrível Mas deu para ir e voltar Parada na livraria, Perco-me e acho-me Entre livros e autores Lembro de gente que gosto Gostaria de presentear com livros Escolho o meu entre um café e outro... Sucesso na reunião ao fim da tarde. Tomara que dê certo! Escrevo e tenho preguiça de mudar o canal da tv. Começa o segundo tempo. Vivi um bom dia. Tomei gotas de esperança. Mas uma lágrima insiste Em acariciar o meu rosto. Tenho um amigo Trago saudade e certa liberdade. E Deus está comigo. Nota do Editor: Evelyne Furtado é jornalista, poetisa e cronista em Natal (RN).
|