Atleta South to South inicia sua caminhada para uma das vagas entre os melhores do mundo
O arquipélago de Fernando de Noronha (PE) recebe, a partir do dia 12 de fevereiro, a primeira etapa brasileira do WQS, que classificará 15 surfistas para o ASP World Championship Tour (WCT) do próximo ano. De nível 5 estrelas, diversos atletas irão disputar os 110 mil dólares de premiação nas ondas tubulares da Cacimba do Padre, além de valiosos pontos no ranking. Entre eles está Renato Galvão que chega motivado com os resultados conquistados no ano que passou. "Vou retomar a minha caminhada no WQS para lutar por uma vaga no WCT", planeja o atleta de Ubatuba, litoral norte de São Paulo, que em 2007 teve um desempenho inédito no surf brasileiro. Nos três principais campeonatos do país, Galvão terminou o ano no topo, tornando-se bicampeão no Super Surf, Brasil Tour e Paulista Pro. "Foi um ano abençoado e espero que 2008 continue assim", almeja o surfista que completará 26 anos no dia 11 deste mês. Entre as suas conquistas está o ingresso na equipe de atletas da marca brasileira South to South (www.southtosouth.com.br). "A parceria com a South é alucinante. É uma empresa muito legal que me identifico bastante", reconhece o atleta. Sua admissão ocorreu no último mês de junho, assim que venceu a primeira etapa do Paulista Pro. "Quando entrei, minha proposta era a de vestir a camisa da marca e fazer o possível para representar bem, realizar um bom trabalho. Graças a Deus, retribui esse investimento com três títulos", comemora. Além das etapas do WQS, Galvão continuará disputando o circuito nacional. "Vou correr o Super Surf também, já que não conflita com o WQS". Somado ao treino nas ondas de Ubatuba, o surfista conta com equipamentos de ponta. "As pranchas são um dos itens mais importantes para um atleta. Ter um bom equipamento ajuda na performance e na evolução. E a parceria com a HIC (Hawaiian Island Creations) chegou em uma hora excelente, num momento em que eu estava sem prancha boa". A relação com o shaper Eric Arakawa já lhe rendeu bons frutos. "O primeiro quiver foi de quatro pranchas. Eu nunca tinha encomendado nada com eles e já recebi uma prancha mágica. Foi com ela que ganhei a última etapa do Super Surf, no Rio de Janeiro", comenta o atleta referindo-se ao modelo Element, de tamanho seis pés. "Todas as pranchas que peguei são excelentes e acredito que essa parceria tem muito que crescer. Agora, estou mais sossegado, surfando com material de ponta. O Eric Arakawa foi considerado um dos melhores shapers do mundo". Em casa - Renato Galvão nasceu na cidade de Ubatuba. Cercado de boas ondas e de bons atletas, ele teve ótimas referências dentro d’água que contribuíram na sua formação como surfista. Entre os que serviram de espelho está um ex-integrante da elite mundial. "Ubatuba sempre teve surfistas bons. Por ser uma cidade pequena, todo mundo vê aquele cara surfando, treina junto com ele e acompanha a sua carreira de atleta. Eu tive a oportunidade de ver de perto o Tadeu Pereira que entrou para o WCT em 94". Das praias, ele confessa que a sua preferida é a Vermelhinha do Centro (praia Vermelha). "É perto de casa, é uma onda rápida, forte e tubular para a direita, além de quebrar perto da areia", explica. Com as opções que tem em sua cidade, ele sabe aproveitar o potencial de cada uma. "Também vou muito para a praia Grande, que é ótima para colocar uma pranchinha no pé. Não tem outra praia melhor. É uma onda muito longa, excelente para manobrar". "Temos muita onda de qualidade em Ubatuba. Direita, esquerda, mais gorda, mais buraco, o litoral oferece bastantes oportunidades de estar treinando em diversos picos. Fora Itamambuca que tem uma direita perfeita. A praia do Félix oferece também uma onda tubular muito boa, além de alguns picos secretos", conta o surfista. Além de Renato Galvão, outros atletas completam a equipe de surf da South to South. Entre eles estão: Alemão de Maresias (big rider e free surf Pro); Emerson Piai (Pro); Lucinei Malas (Pro); Yagê Araújo (Amador); Aline (Longboard); Luiz Saraiva, Guilherme Ribeiro e Anjinho (freesurfers).
|