Luiz Moura |  |
De tanto berrar acorda, faz conexão, Tico e Teco operando e finalmente o balaústre da ponte do rio Tavares X rua Guaicurus vem abaixo. De aparência vergonhosa, sujo e encardido, com seu reboque podre e ferragens expostas. Todo entulho da demolição foi deixado no local sobre o espaço destinado a pedestres cujo destino é a outra margem do rio, obrigados, face às circunstâncias, a usar o espaço destinado a veículos automotores. Evidentemente, o responsável pela reforma ignora princípios básicos de limpeza, estética, respeito e segurança. Fica a esperança que esse entulho não seja totalmente jogado no leito do rio, já que parte foi, em virtude de não haver uma proteção com essa finalidade. A expectativa é que essa "obra" termine um dia, um balaústre igual ao da outra ponte só para combinar, postes de iluminação, jeca não, tipo bonitinhos. A remoção do entulho deve ser feita a toque de caixa e ao tirar o entulhinho que caiu no rio aproveitar para tirar os grandes blocos de concreto ali jogados por administrações anteriores. Depois da dengue a coqueluche do momento que contaminou todo o município são os painéis digo outdoors, já que por aqui, depois de Miami, ciclovia virou bikelane. Pois é, tem outdoor poluindo o visual e alardeando o que foi e será feito. Fazer e administrar foi o compromisso assumido, assim como honestidade não é virtude e sim obrigação; fazer e administrar são obrigações assumidas e é por isso que estão na folha de pagamento da sociedade. Com o tamanho, quantidade e valor desses outdoors poderia ter sido feita toda sinalização indicativa do município que tanta falta faz a todos e talvez sobrasse uns trocos. A divulgação de boletins meteorológicos foi apontada como a grande vilã da baixa performance do comércio no carnaval. Na segunda-feira de carnaval, por volta de 11 horas, a fila de automóveis sentido cidade estava parada nas proximidades do Saco da Ribeira, gente é que não faltou nesse carnaval. Assim poderia ser motivo de reflexão que a quantidade não é tão fundamental quanto à qualidade, que se os empresários fossem prestigiados pelo poder público não sofreriam a concorrência de ambulantes sazonais que vendem alimentos, cangas, óculos de sol, protetor solar, bebidas, objetos de decoração e o que existe por aí, não aconteceria vinte pessoas ou mais dentro de uma casa de dois dormitórios, não... Ultimamente tem se falado mais em turismo, foi montado um oba oba para o Island Escape com fogos de artifício, tapete vermelho, policiamento maciço, sobrevôo de helicóptero, transporte grátis em ônibus chique com ar condicionado, até presença de "artoridades" locais e não locais. O meio de locomoção utilizado por turista não se restringe a automóvel e navio existe outra alternativa que é o ônibus e o ponto final dele é a estação rodoviária. Lá, ao contrário do píer do Tamoios Iate Clube, tudo é diferente, não há receptivo, policiamento, vans com ar condicionado e se a chegada for no último horário estará fechada, às escuras. Fazer tipinho é fácil e o pior é que tem quem acredite, bate palmas, dança, assovia e carrega a bandeira. Apesar das semelhanças com o porongo, duro por fora e oco por dentro, fico com ele que tem alguma utilidade...
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