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O vereador Edison Félix foi procurado por moradores do Parque dos Ministérios, que solicitaram a ele que os acompanhasse em uma visita ao "lixão", nas proximidades daquela comunidade; O que o vereador viu no local o deixou indignado: "A população tem toda a razão em reclamar! É impossível conviver com o mau cheiro do lixo durante todo o dia. E a situação é ainda pior para as donas de casa, idosos e crianças, que sofrem no dia-a-dia, com sensação de sujeira, de degradação. É uma situação denunciada inúmeras vezes, nunca solucionada e que fere todos os direitos básicos do cidadão".

Após a visita, onde documentou as irregularidades com fotos, o vereador utilizou a tribuna da Câmara para denunciar o fato: "A Prefeitura Municipal de Ubatuba age com total irresponsabilidade com aquela comunidade. No lixão, toda imundície está a céu aberto, pois o lixo não é aterrado conforme determinam as instruções ambientais. A fedentina é insuportável e alcança a comunidade do Parque dos Ministérios. O chorume escorre para o Rio Grande, contaminando tudo, causando ’bicheiras’ e doenças nas crianças que se banham no rio. Isso sem falar no gravíssimo problema de saúde pública que atinge toda a nossa cidade, na medida em que esse chorume contamina todo o Rio Grande, chega até a barra dos pescadores e de lá para as nossas praias".

Para Edílson Félix, o problema é de amplo conhecimento do Executivo, que não toma nenhuma providência. Em dezembro passado, o jornal Imprensa Livre publicou matéria constatando esta situação, de onde retiramos o seguinte relato: "como muito lixo fica descoberto no topo, nos dias de chuva, a água se acumula no espaço de depósito e escorre morro do lixão abaixo, formando uma espécie de cachoeira de chorume que segue pela vala da estrada do aterro e só termina nas margens do rio".

"O jornal A Semana também fez várias denúncias, uma delas do descaso da atual administração com o tratamento do chorume. É que no final da administração anterior foi iniciada a construção de um tanque que iria coletar o chorume para tratá-lo antes de soltar no rio. Desde então se passaram quatro anos e até agora esta providência mínima ainda não está funcionando! Faço minhas as palavras do repórter do jornal A Semana que, em determinado trecho da matéria, disse que estava claro que resolver esse problema não é prioridade para a atual administração", disse Edílson.

"E para completar, no restante da imprensa local, o prefeito apela para factóides, como o de dizer que ’Vamos matar urubus de fome, pois no lixão eles não irão se alimentar’, ou manda secretários e vereadores de sua base pronunciarem-se, tranqüilizando a população. Em outro factóide, este de julho passado, na página da prefeitura na internet, que anunciava que o Município conseguira autorização do transbordo dos resíduos para outra região e que uma licitação para o serviço estaria sendo aberta. Estou questionando essa situação através de um Pedido de Informação", disse o vereador Edílson.

"E há mais: a empresa contratada pelo prefeito não tem as máquinas necessárias e nem atende os ditames das regras ambientais para o manejo do lixo, o que piora ainda mais a situação. Afora isto, ainda há uma estação de reciclagem, na subida do lixão, de onde a maioria dos moradores do Parque dos Ministérios aponta como causadora do desagradável olor que desespera a comunidade local".

Para finalizar, Edilson disse: "Eu sugiro aos moradores do Parque dos Ministérios, do Parque Hills e a todos os que vivem naquela região, para que montem uma mesa de lanche, num final de tarde e convidem o prefeito e seus assessores para degustar as iguarias". E completou: "Vamos ver se eles conseguem engolir a comida, cercados de moscas e de fedentina. Quem sabe se, sentindo na pele os problemas, eles não se esforçam para encontrar uma saída!"