Sul-africano Greg Emslie avança para o domingo já como novo líder do WQS 2004.
Com a classificação para as semifinais do Rip Curl Pro na última bateria disputada no sábado de boas ondas de 1,5 metro de altura em Hossegor, o sul-africano Greg Emslie já recuperou a liderança isolada no ranking do WQS 2004, que estava em poder do catarinense Neco Padaratz. Sete brasileiros competiram no penúltimo dia de disputas na França, mas nenhum conseguiu avançar para o domingo decisivo da 24ª etapa da temporada. O potiguar Marcelo Nunes e o paulista Adriano "Mineirinho" de Souza ainda passaram uma bateria, mas foram barrados nas quartas-de-final e terminaram empatados em 13º lugar no 6 estrelas que está fechando a fortíssima "perna européia" do Mundial WQS em Hossegor. O próximo evento do WQS com esse nível máximo de pontuação é o Onbongo Pro Surfing, nos dias 25 a 31 de outubro na praia Mole, em Florianópolis (SC). Três norte-americanos, dois australianos, dois havaianos e o sul-africano Greg Emslie vão disputar o título do Rip Curl Pro 2004, que vale um prêmio de 15.000 dólares e 2.500 pontos no ranking que garante 15 vagas na elite mundial do ASP World Championship Tour (WCT). As finais podem ser acompanhadas on-line pelo www.aspeurope.com. O Brasil até começou muito bem no sábado, com o potiguar Marcelo Nunes recebendo nota 8,33 em sua primeira onda surfada na segunda bateria do dia. Em sua quarta apresentação foi melhor ainda e arrancou um 9,17 para estabelecer o primeiro recorde do penúltimo dia de disputas no Rip Curl Pro Hossegor. O paraibano Fábio Gouveia também participou deste confronto, porém sua maior nota foi 7,10 e ele terminou em último lugar. A segunda vaga para as quartas-de-final ficou com o australiano Dayyan Neve, que numa onda espetacular ganhou a maior nota do dia: 9,67. Na terceira bateria das oitavas-de-final, o carioca Marcelo Trekinho também teve um bom início ao tirar uma nota 7,47 em sua segunda apresentação, porém não conseguiu mais pegar boas ondas e foi ultrapassado pelos seus três adversários, com o sul-africano Travis Logie e o australiano Shaun Cansdell avançando para a próxima fase. O troco veio em seguida, com o jovem guarujaense Adriano de Souza abrindo a quarta disputa para as quartas-de-final com uma nota 8 e com um 7,33 recebido em sua terceira onda garantiu a segunda e última vitória brasileira no Rip Curl Pro 2004. O ex-Mineirinho fez bonito, chegando a superar até o mito Tom Curren, que passou em segundo lugar com uma nota 7 em sua última onda, além do australiano Tom Whitaker e do inglês Russell Winter. Outros três brasileiros competiram na chave-de-baixo, mas nenhum se classificou. O carioca Yuri Sodré entrou numa hora não muito boa do mar, com poucas séries entrando durante os 25 minutos da bateria. Ele só pegou quatro ondas e terminou em terceiro lugar, atrás dos classificados Phillip MacDonald da Austrália e Roy Powers do Havaí. Na disputa seguinte, o ubatubense Odirlei Coutinho ainda pegou uma onda a mais, porém terminou barrado pelo havaiano Frederick Patacchia e pelo sul-africano Greg Emslie. Já a derrota mais injusta foi sofrida pelo niteroiense Guilherme Herdy, que foi eliminado por décimos de diferença na disputa pelas duas últimas vagas nas quartas-de-final do Rip Curl Pro. As séries continuavam demorando bastante para entrar e Herdy só pegou sua primeira onda aos 10 minutos, mas escolheu bem e arrancou uma nota 8 para assumir a liderança. Ele foi ultrapassado logo depois e demorou mais 8 minutos para pegar sua segunda onda, com a nota 4,03 recebida sendo suficiente para mantê-lo em segundo lugar. Porém, quando faltavam 3 minutos o australiano Jarrad Howse conseguiu uma nota 7,67 para assumir a ponta, com o espanhol Eneko Acero caindo para segundo. Herdy ainda pegou duas ondas para buscar os 4,93 pontos que ficou precisando para se classificar, mas os juizes lhe deram nota 4,77 na melhor delas e ele acabou ficando de fora da competição por menos de meio ponto de diferença. O placar final ficou definido com Howse em primeiro lugar somando 13,50 pontos, contra 12,93 de Acero e 12,77 de Herdy. Em seguida, foram iniciadas as quartas-de-final e Marcelo Nunes não achou as ondas para poder brigar pela classificação. Ao contrário, o norte-americano Tim Reyes pegou uma ótima onda em sua primeira apresentação e com uma nota 9,60 praticamente garantiu a vitória. Ele estava abençoado e ainda tirou um 8,07 para ampliar o recorde do dia, que era de Marcelo Nunes, de 17,50 para 17,67 pontos de 20 possíveis. O australiano Luke Stedman recebeu nota 8,33 em sua segunda onda e confirmou a segunda vaga nas semifinais. Na disputa seguinte, o Brasil se despediu do Rip Curl Pro com Adriano Mineirinho também ficando em quarto lugar no confronto que classificou o sul-africano Travis Logie em primeiro lugar e o ex-tricampeão mundial e maior mito da história do esporte, Tom Curren, confirmando o segundo lugar numa incrível performance iniciada na longínqua segunda rodada das triagens. Com as derrotas, Marcelo Nunes e Adriano de Souza terminaram em 13º lugar na competição, com cada um recebendo 1.900 dólares e 1.125 pontos. Já entre os que foram eliminados nas oitavas-de-final, Guilherme Herdy, Yuri Sodré e Odirlei Coutinho, ficaram empatados em 17º lugar, levando um prêmio de 1.700 dólares e 1.000 pontos, enquanto Fábio Gouveia e Marcelo Trekinho acabaram na 25º colocação, ficando com 1.500 dólares e 900 pontos. Além de não conseguir classificar nenhum surfista para o último dia do Rip Curl Pro, o Brasil ainda perdeu a liderança do ranking para a África do Sul, quando Greg Emslie garantiu a última vaga para o domingo ao superar o australiano Jarrad Howse e o espanhol Eneko Acero na última bateria das quartas-de-final que fechou o sábado de Sol e boas ondas em Hossegor. RIP CURL PRO - SEMIFINAIS 1)- Tim Reyes (EUA), Luke Stedman (AUS), Travis Logie (AFR), Tom Curren (EUA) 2)- Phillip MacDonald (AUS), Chris Ward (EUA), Frederick Patacchia (HAV), Greg Emslie (AFR)
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