1987 – 2007
Eu só estou acompanhando o andor. Várias pessoas sem conhecimento dão entrevistas para rádios e jornais, excluindo ou conferindo méritos relevantes a pessoas, sempre em nome da cidade, nunca em seu próprio nome, como também nunca citam um exemplo da relevância, talvez por medo de serem contraditados, e ainda ignoram aqueles que realmente merecem. Os caiçaras da gema e do centro, das praias e dos sertões, já morreram quase todos, e os do centro que sobraram, negam-se a falar, alegando que Ubatuba acabou, fomos exterminados pela migração paupérrima, enchendo a nossa cidade de favelas, que os políticos chamam de PARQUES, e principalmente esse sistema “ecológico” suicida aqui implantado, foi a pá de cal que faltava para estagnar e retroceder o progresso de Ubatuba. Até o presente momento, conseguiram! Mas, estamos aguardando um prefeito macho, no bom sentido da palavra, para reverter esta situação e colocar Ubatuba no pedestal turístico classe “A” que ostentava no passado. Vai ter que aparecer, porque o estopim da implosão da cidade foi aceso após o governo Matarazzo e, a partir de 1977, foi colocado a escorva, agora é só esperar, se nada for feito, dentro de mais ou menos um mandato a implosão será inevitável. Desde o ano de 2000, mais ou menos, devido à inoperância dos órgãos competentes, o resgate do nosso folclore, bem ou mal, foi abraçado pelo jovem caiçara Julinho Mendes que, ressurgindo dos mortos, enfrentando e impondo o folclore caiçara aos 70 mil migrantes ou mais, de vários estados, com predominância do norte de Minas Gerais. Julinho vem carregando nas costas, a duras penas, a divulgação do folclore, por prazer e amor a sua terra. E, aos sábados, a partir das 10 horas da manhã, sob seu comando, leva ao ar, através da Rádio Costa Azul – AM 1.140KH, o programa FOGÃO DE LENHA. Nas ocasiões das comemorações das festas folclóricas, levando e buscando pessoas, se apresenta nas escolas, praça pública, e até em outras cidades. Enfim, troca o aconchego da família nos fins de semana, e sai por aí divulgando o nosso folclore, certamente sem nenhuma ajuda, quer da Prefeitura ou da Fundart (Fundação de Arte e Cultura de Ubatuba), bancando todas as despesas, principalmente de locomoção de pessoas. A RECOMPEN$A É O FRUTO DO TRABALHO, FORA DI$$O, NÃO HÁ PROGRE$$O. No ano de 2000, Julinho, nesta mesma rádio, participava no programa RANCHO CAIÇARA, mas sob o comando do radialista dos caiçaras, Tony Luís. Eu também participava, não de corpo presente, mas por escrito, relatando causos do passado, dando informações de interesse público, e às vezes contestando, corrigindo e relatando o correto, sempre em nome da verdade e da cidade. Embora eu discorde sobre alguns pontos do que é relatado no seu programa semanal na rádio Costa Azul ou fora dela, mas o seu mérito é inegável. Sobre os pontos que eu discordo ainda vou relatar, sempre a bem da verdade, e em defesa da integridade da imagem da nossa cidade, doa a quem doer. Com muito trabalho e sozinho, eu estou passando a limpo, colocando esses endeusados nos seus devidos lugares. A cidade não pode conviver com mentiras, principalmente a cultural e folclórica. Eu tenho lido e ouvido relatos de causos, que excluem ou incluem pessoas em locais que nunca estiveram, como já se não bastasse, de 4 em 4 anos, as promessas nunca cumpridas dos políticos. Antecipadamente, em nome da cidade e da verdade, eu truco 9, porque 6 é pouco. Clique aqui para acessar a listagem dos textos (já publicados) da série 20 anos de Fundart.
Nota do Editor: Francisco Velloso Neto, é nativo de Ubatuba. E, seus ancestrais datam desde a fundação da cidade. Publicado no Almanak da Provícia de São Paulo para o ano de 1873. Envie e-mail para thecaliforniakid61@hotmail.com.
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