Os alunos do ensino fundamental e médio das escolas públicas e particulares do país passarão a ter aulas de história e cultura afro-brasileira e indígena. A lei que oficializa a nova disciplina foi sancionada dia 11 de março pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e já está valendo. Algumas instituições de ensino saem na frente e já tratam do tema em sala de aula. É o caso da Escola Castanheiras, localizada no Tamboré, Grande São Paulo. Os alunos do 3º ano do Ensino Fundamental desenvolvem o projeto Culturas indígenas ontem e hoje. "Neste estudo pretendemos que as crianças saibam que no local em que vivem hoje, povos indígenas já viveram em outros tempos. São feitas várias discussões, pesquisas, leitura de imagens e mapas para que os alunos ampliem seus conhecimentos em relação à cultura indígena. Além disso, pretendemos que considerem a diversidade de modos de vida e reflitam sobre as semelhanças e diferenças entre os costumes dos povos indígenas que vivem e já viveram no Brasil", conta Ester Broner, coordenadora do 2º e do 3º ano do Ensino Fundamental da escola. Esse trabalho faz com que as crianças reconheçam algumas semelhanças e diferenças sociais, econômicas e culturais, entre o seu grupo e alguns povos indígenas. Além de poderem caracterizar o modo de vida de uma coletividade indígena, que vive ou viveu na região, distinguindo suas dimensões econômicas, sociais, culturais, artísticas e religiosas. No final do ano, os alunos poderão escolher como conclusão do trabalho uma visita monitorada a um museu ou a elaboração de um pequeno documentário, uma exposição para outra classe, a elaboração de um livro-álbum com registros sobre o estudo e até mesmo a interação com uma escola indígena realizada através de troca de cartas.
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