Saio da penumbra lúrida e impetuosa Que ao tratar-me com pequenez me condena. Sem castigar-me, renuncio a dor penosa. Libertando-me desta meia luz que se ordena. Já não há mais senhores nem escravidão Torno-me livre desta senzala, que me oprimia! Se finda as mentiras o esconso da sombra e da escuridão Meus passos seguem a luz que outrora não se permitia Saio do escopo que sem permissão a me esculpir Por imposição, perfilou, degenerou sonhos e moral Privada das palavras e ações, fazendo valer o mentir. Distante... Muito além do meu ideal. Já não quero o ser feito de concreto Que se perde transpondo-se, sendo pura ufania. Busco meu brilho arrancado, o confiável não o incerto. E assim me liberto, fugaz de uma penumbra tirania. Nota do Editor: Elizabeth Misciasci (www.jornalista.eunanet.net) é jornalista, escritora humanista, pesquisadora, presidente do Projeto zaP! e editora Executiva da Revista zaP.
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